No meio da semana, uma fábrica de armas foi bombardeada ou detonada, perto de Cartum, capital do Sudão. As autoridades desse país suspeitaram imediatamente de Israel, cujo governo, por sua vez, negou qualquer envolvimento na destruição da fábrica.
Na verdade,
se considerarmos a possibilidade do bombardeio israelense em Cartum,
temos que nos lembrar que esta fábrica estava produzindo mísseis de
curto e médio alcance. Se acredita que os principais compradores dessa
produção são os grupos terroristas Hamas e Hezbollah,
que regularmente lançam ataques contra Israel. Isso é mais uma razão
para Israel destruir a fábrica. O ministro da Informação sudanês, Ahmed
Osman Bilal, disse na televisão nacional que o ataque foi realizado por
quatro aeronaves militares, o que também é confirmado por moradores
locais. No entanto, só duas pessoas morreram, o que é pouco para um
ataque aéreo.
A mídia mundial tem sugerido que
Israel teria sido perfeitamente capaz de levar a cabo tal operação com o
objetivo de simular um ataque a alvos militares no Irã. Mas Jerusalém
ainda não recebeu a aprovação de Washington para a guerra.
Os
especialistas e jornalistas tiveram a ideia de um possível ensaio
israelense para um ataque ao Irã depois de uma comparação geográfica
básica. A distância entre a base da Força Aérea no sul de Israel e
Cartum, no Sudão, é aproximadamente igual à distância entre as
instalações secretas iranianas em Natanz e Fordo - 1800 km.
Não seria a primeira vez que a Força
Aérea de Israel destrói alvos no Sudão. Em outubro, um avião
não-tripulado da Força Aérea de Israel já havia bombardeado comboios que
transportavam armas. Em dezembro de 2011, houve dois ataques a colunas
palestinas. Em 2009, pilotos israelenses destruíram um comboio inteiro
com armas, composto por 23 veículos. Assim, o exército israelense tem
muito a fazer no Sudão.
Especialistas também duvidam
de que Israel tenha escolhido este país norte-africano como alvo de
treinamento. Em entrevista à Voz da Rússia, o presidente do Conselho
Público do Ministério da Defesa da Federação Russa e editor-chefe da
revista Natsionalnaia Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko: "Eu
não acho que tenha sido um ensaio de ataque contra o Irã, porque as
condições geográficas de ataque contra o Sudão pela Força Aérea
israelense ainda diferem do que temos no Irã."
Voz da Rússia
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