terça-feira, 27 de agosto de 2013

Rússia pede prudência aos EUA e à comunidade internacional sobre a Síria

A Rússia pediu nesta terça-feira "prudência" aos Estados Unidos e à comunidade internacional e destacou que uma intervenção militar teria consequências "catastróficas" para os países do Oriente Médio e do norte da África.
 
"As tentativas de usar o Conselho de Segurança (da ONU), de criar mais uma vez pretextos artificiais e sem fundamentos para uma intervenção militar na região causarão mais sofrimento na Síria e terão consequências catastróficas para os outros países do Oriente Médio e do norte da África", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

Também pede a Washington e à comunidade internacional "prudência e respeito estrito ao direito internacional, baseado sobretudo nos princípios fundamentais da Carta da ONU".

O ministério russo reitera ainda a "grande decepção" com a decisão dos Estados Unidos de adiar uma reunião prevista com a Rússia em Haia sobre a Síria.

A reunião deveria tratar da organização de uma conferência internacional sobre a Síria "com o objetivo de acabar rapidamente com a violência e iniciar o processo para uma solução política do conflito", explica a nota oficial.

"A decisão americana de adiar a reunião em Haia envia um sinal contrário à oposição (síria), com um estímulo para que seja intransigente como previsão de uma forte intervenção externa", completa o texto.

"Levando em consideração as consultas em cursos para dar uma resposta apropriada aos ataques químicos de 21 de agosto na Síria, decidimos adiar o encontro da subsecretária Wendy Sherman e do embaixador embaixador Robert Ford com uma delegação russa, prevista para esta semana em Haia", afirmou uma fonte do Departamento de Estado que pediu anonimato.

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, afirmou na segunda-feira que o uso de armas químicas perto de Damasco era "inegável".

A Rússia, aliada do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, já havia advertido na segunda-feira contra uma intervenção militar sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, algo que seria "perigoso" e constituiria "uma violação ilegal do direito internacional".
 
AFP
DeOlhOnafigueira

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