quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ONU espera um ano "decisivo" para Israel e Palestina

A ONU está esperançosa com o reatamento das negociações diretas entre palestinos e israelenses e espera que este ano seja "decisivo" para alcançar a paz no Oriente Médio, disse nesta terça-feira o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, o argentino Óscar Fernández-Taranco.

O secretário-geral adjunto afirmou durante a sessão mensal sobre o Oriente Médio no Conselho de Segurança que se alcançou "um ponto decisivo" e o importante agora é que "ambas as partes não decepcionem seus povos".

Fernández-Taranco ressaltou que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou seu "total apoio" ao processo com a recente visita à região e pediu que os líderes palestinos e israelenses entendam que se encontram em um momento que "não podem desperdiçar".

Formalmente a próxima conversa entre Israel e Palestina vai acontecer na cidade cisjordaniana de Jericó, depois de quase uma semana do primeiro encontro, ocorrido em Jerusalém.

No entanto, o negociador palestino Mohammed Shtaye revelou a uma emissora israelense que as equipes se reuniram hoje de forma secreta em um hotel de Jerusalém.
Fernández-Taranco reiterou que o Quarteto de Madri, formado por representantes de Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, celebra o reatamento das negociações e deve se reunir "em breve" para abordar o processo de paz.

O representante da ONU destacou as medidas tomadas pelas autoridades israelenses para facilitar o acesso de palestinos da Cisjordânia para Jerusalém Oriental durante o Ramadã.

"Embora limitadas, estas medidas indicam um passo à frente neste momento crucial do processo político", disse Fernández-Taranco, reiterando que a ONU está "profundamente preocupada" pela política de assentamentos israelenses.

E reforçou que a rejeição de Ban aos assentamentos continua "firme" já que eles minam os esforços feitos para avançar nas negociações de paz e chegar finalmente a uma solução de dois Estados na região.

Antes de reiniciar as negociações de paz, e como contrapartida para os colonos e partidos direitistas, Israel anunciou sua intenção de construir 2.100 imóveis nos assentamentos, o que provocou uma onda de críticas dos palestinos e da comunidade internacional.

Por último, o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos fez uma nova chamada ao movimento islamita Hamas, que governa de fato a Faixa de Gaza, para que não atrapalhe os esforços para conseguir a paz na região.

As negociações foram retomadas graças aos intensos esforços diplomáticos do secretário de Estado americano, John Kerry, que fez seis visitas à região desde que assumiu o cargo, no início do ano, para conseguir colocar as duas partes novamente na mesa de negociação.
 
Efe
DeOlhOnafigueira

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