quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Israelenses e palestinos concluem rodada de negociações em Jerusalém

Após 5 horas, partes acertaram nova reunião, diz jornal.
Segundo responsável israelense, as negociações foram 'longas e sérias'.
 
Imagem: mts.org
Os delegados israelenses e palestinos concluíram na noite desta quarta-feira (14), em Jerusalém, mais uma rodada de negociações de paz diretas, após três anos de estancamento, informou a imprensa israelense.

Depois de cinco horas de tratativas, 'as partes acertaram uma nova reunião, em alguns dias', revelou Barak Ravid, repórter do jornal israelense Haaretz. Segundo um responsável israelense, as negociações foram 'longas e sérias'.

A negociadora israelense Tzipi Livni disse que não faria declarações 'para permitir que as equipes trabalhem juntas e não pensem na imprensa no lado de fora'.

A TV estatal israelense revelou que o encontro aconteceu em um local secreto em Jerusalém.

O Canal 20 informou 'que as partes trataram de concluir as discussões sobre a base da negociação para se abordar os assuntos principais na próxima reunião, prevista para Jericó, no prazo de duas semanas'.

A TV One revelou que Martin Indyk, enviado do secretário americano de Estado, John Kerry, não participou da rodada de negociações em Jerusalém.

As reuniões são resultado do esforço de Kerry, que conseguiu estabelecer as bases para a retomada do diálogo bilateral após quase três anos de bloqueio.

Os palestinos aspiram a um Estado plenamente soberano e independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com a capital em Jerusalém Oriental, enquanto Israel aceita apenas um Estado palestino desmilitarizado, com sua presença militar e controle do espaço aéreo e fronteiras externas.

A parte palestina exige que Israel saia dos territórios que ocupou após a Guerra dos Seis Dias (1967) e que desmantele por completo os assentamentos judeus, no momento em que os israelenses anunciam a construção de novas casas, incluindo em Jerusalém Oriental.

Israel tomou a zona árabe de Jerusalém da Jordânia em 1967 e depois a anexou, uma medida que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Os israelenses consideram a cidade como sua capital 'eterna e indivisível'.
 
O Globo
DeOlhOnafigueira

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