Khaled Meshaal disse não reconhecer legitimidade da 'ocupação'. Palestinos celebraram 25 anos da criação do movimento Hamas
O líder do Hamas, Khaled Meshaal, discursa na Faixa de Gaza |
O líder do Hamas, Khaled Meshaal, em sua primeira visita à Faixa de Gaza, prometeu nunca reconhecer Israel e disse que seu grupo islâmico jamais abandonaria sua reivindicação de todo o território israelense.
"A Palestina é nossa do rio para o mar e do sul para o norte. Não
haverá concessão de uma polegada de terra", disse ele a um mar de
defensores em um comício ao ar livre, o destaque de seus três dias de
estadia em Gaza.
"Nunca vamos reconhecer a legitimidade da ocupação israelense e, portanto, não há legitimidade para Israel, não importa quanto tempo vá demorar".
"Nunca vamos reconhecer a legitimidade da ocupação israelense e, portanto, não há legitimidade para Israel, não importa quanto tempo vá demorar".
Em um discurso intransigente, Meshaal também prometeu libertar
prisioneiros palestinos detidos em Israel, indicando que militantes
islâmicos tentariam sequestrar soldados israelenses para usá-los como
moeda de troca.
Israel libertou 1.027 palestinos de suas prisões no ano passado, em
troca da libertação de Gilad Shalit, um soldado recruta que foi
capturado por guerrilheiros palestinos em 2006 e escondido por mais de
cinco anos em Gaza. Milhares de prisioneiros palestinos permanecem em Israel. O Estado judeu diz que muitos deles são terroristas. Hamas chama-os de combatentes da liberdade.
"Nós não vamos descansar até libertarmos os prisioneiros. A maneira que
libertamos alguns dos prisioneiros no passado é o caminho que vamos
usar para libertar os prisioneiros restantes", disse Meshaal, sob
aplausos da multidão que havia se reuniu para vê-lo.
Dezenas de milhares de palestinos se reuniram na manhã deste sábado (8)
na praça Katiba da Cidade de Gaza para participar da celebração do 25º
aniversário da criação do Hamas, que controla o enclave palestino desde
2007.
Palestinos celebram o aniversário do Hamas na Faixa de Gaza |
A celebração do 25º aniversário ocorre neste ano com uns dias de avanço
para coincidir com o da primeira Intifada palestina, que começou em 8
de dezembro de 1987 na Faixa de Gaza.
As forças de segurança do governo do Hamas estão em alerta para
garantir a segurança das celebrações, declarou o porta-voz do ministério
do Interior, Isam Shahwan.
Centenas de policiais e dezenas de membros armados e encapuzados das
Brigadas Ezedinne Al-Qassam, braço militar do Hamas, estavam mobilizados
na praça.
Em cada lado do palco foram instalados retratos gigantes do fundador do
Hamas, xeque Ahmed Yassin, assassinado pelo exército israelense em
2004, e do chefe militar do Hamas, Ahmed Jaabari, morto no primeiro
ataque israelense da operação lançada entre 14 e 21 de novembro.
Durante esta última operação israelense, as tropas de Israel mataram
174 palestinos, em sua grande maioria civis, incluindo mulheres e
crianças. Do lado israelense seis pessoas morreram, quatro civis e dois
militares.
G1
DeOlhOnafigueira
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