Quatro governos europeus convocaram nesta segunda-feira embaixadores de Israel presentes nas suas capitais para criticar a decisão do premiê Binyamin Netanyahu de aprovar 3.000 novas construções em assentamentos judaicos situados em territórios palestinos ocupados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Dentre as obras está a chamada colônia E1, que, se construída, dividirá a Cisjordânia em duas.
O entendimento de Reino Unido, Espanha, França e Suécia é o de que as construções prejudicam as negociações de paz por inviabilizarem a chamada solução de dois Estados, que prevê a convivência de um Estado palestino ao lado do judaico.
"Instamos o governo israelense a reconsiderar [a decisão]. Dissemos ao governo israelense que, se levar a cabo a decisão, então haverá uma forte reação", afirmou a Chancelaria britânica, em comunicado.
O jornal israelense "Haaretz" afirma, em sua edição desta segunda-feira, que tanto o Reino Unido quanto a França estudam a possibilidade de convocar seus embaixadores em Tel Aviv para manifestar sua represália.
Também fazem parte da reação europeia os governos russo e alemão, que expressaram descontentamento. "Chamados a parte israelense a revisar os anunciados planos de construção de assentamentos e a manter a transferência de dinheiro para os palestinos", informou a Chancelaria russa.
Prestes a receber a visita de Netanyahu, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que vê as construções "com preocupação". O porta-voz dela, Steffen Seibert, afirmou que, desta forma, Israel "enterra a confiança na sua disposição em negociar com a parte palestina".
Na quinta-feira (29), por iniciativa do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, a Palestina teve seu status na ONU (Organização das Nações Unidas) elevado de entidade observadora para de Estado observador não membro, um tácito reconhecimento da legitimidade do Estado palestino. Na votação, o Reino Unido se absteve e a França foi a favor.
A resolução foi aprovada com 138 votos a favor, nove contrários e 41 abstenções.
Em represália pela vitória palestina, Israel, além de impulsionar as construções em assentamentos, também decidiu não repassar US$ 100 milhões (R$ 213 milhões) que arrecadou em impostos, em nome da ANP, neste mês de novembro. O montante representa até 50% do exíguo orçamento palestino.
Resposta
Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que não recuará da decisão. "Israel continuará defendendo os seus interesses vitais, mesmo diante da pressão internacional, e não haverá nenhuma mudança na decisão que foi tomada."
Para o governo israelense, é a liderança palestina que mina as negociações de paz ao forçar reconhecimento por meio de uma resolução da ONU. Para Tel Aviv, o reconhecimento do Estado palestino só é possível dentro do âmbito do diálogo, com a concessão de garantias de segurança a Israel.
Mais cedo, o vice-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Paul Hisrschon, já havia minimizado a reação europeia. "Temos muito boas relações com esses países. Criticaram a nossa decisão, isso é público, e nós também não estamos particularmente contentes com o voto na ONU", disse.
Para ele, convocar um embaixador para transmitir um protesto está dentro do normal.
O entendimento de Reino Unido, Espanha, França e Suécia é o de que as construções prejudicam as negociações de paz por inviabilizarem a chamada solução de dois Estados, que prevê a convivência de um Estado palestino ao lado do judaico.
"Instamos o governo israelense a reconsiderar [a decisão]. Dissemos ao governo israelense que, se levar a cabo a decisão, então haverá uma forte reação", afirmou a Chancelaria britânica, em comunicado.
O jornal israelense "Haaretz" afirma, em sua edição desta segunda-feira, que tanto o Reino Unido quanto a França estudam a possibilidade de convocar seus embaixadores em Tel Aviv para manifestar sua represália.
Também fazem parte da reação europeia os governos russo e alemão, que expressaram descontentamento. "Chamados a parte israelense a revisar os anunciados planos de construção de assentamentos e a manter a transferência de dinheiro para os palestinos", informou a Chancelaria russa.
Prestes a receber a visita de Netanyahu, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que vê as construções "com preocupação". O porta-voz dela, Steffen Seibert, afirmou que, desta forma, Israel "enterra a confiança na sua disposição em negociar com a parte palestina".
Na quinta-feira (29), por iniciativa do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, a Palestina teve seu status na ONU (Organização das Nações Unidas) elevado de entidade observadora para de Estado observador não membro, um tácito reconhecimento da legitimidade do Estado palestino. Na votação, o Reino Unido se absteve e a França foi a favor.
A resolução foi aprovada com 138 votos a favor, nove contrários e 41 abstenções.
Em represália pela vitória palestina, Israel, além de impulsionar as construções em assentamentos, também decidiu não repassar US$ 100 milhões (R$ 213 milhões) que arrecadou em impostos, em nome da ANP, neste mês de novembro. O montante representa até 50% do exíguo orçamento palestino.
Resposta
Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que não recuará da decisão. "Israel continuará defendendo os seus interesses vitais, mesmo diante da pressão internacional, e não haverá nenhuma mudança na decisão que foi tomada."
Para o governo israelense, é a liderança palestina que mina as negociações de paz ao forçar reconhecimento por meio de uma resolução da ONU. Para Tel Aviv, o reconhecimento do Estado palestino só é possível dentro do âmbito do diálogo, com a concessão de garantias de segurança a Israel.
Mais cedo, o vice-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Paul Hisrschon, já havia minimizado a reação europeia. "Temos muito boas relações com esses países. Criticaram a nossa decisão, isso é público, e nós também não estamos particularmente contentes com o voto na ONU", disse.
Para ele, convocar um embaixador para transmitir um protesto está dentro do normal.
Folha São Paulo
DeOlhOnafigueira
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