Deputado
sugeriu, com base em um relatório secreto, que Pyongyang estaria apta,
ainda que de modo limitado, a usar sua capacidade atômica
As especulações sobre o poder nuclear da Coreia do Norte chegaram às lideranças político-militares dos Estados Unidos e terminaram em um duelo de versões nesta quinta-feira. O mais novo capítulo na guerra dos discursos sobre a realidade da possibilidade de uma guerra nuclear na Península da Coreia começou quando um deputado americano sugeriu que Pyongyang teria a capacidade (ainda que "não confiável") de lançar ogivas nucleares em mísseis. Pouco depois, um porta-voz do Pentágono negou a informação, que classificou como "imprecisa".
Serviços de espionagem estrangeiros e especialistas em armas têm lutado para rastrear os avanços feitos pela Coreia do Norte na tentativa de reduzir o volume de um dispositivo nuclear que pudesse ser carregado em um míssil balístico. Foi nesse sentido que um representante republicano do Estado do Colorado revelou em uma audiência do Congresso as supostas descobertas da Agência de Inteligência da Defesa (DIA). Elas seriam a primeira confirmação pública feita por Washington de que Pyongyang pode ter sido bem sucedida em seus esforços de iniciar uma guerra nuclear.
"A DIA considera, com confiança moderada, que o Norte atualmente tem armas nucleares que podem ser carregadas em mísseis balísticos", ressalta o documento, segundo o representante Doug Lamborn, que leu o que chamou de uma parte não censurada do relatório de avaliação. "Contudo, sua confiabilidade seria baixa", acrescentou.
Inicialmente, as agências de inteligência americanas se recusaram a fazer comentários e não emitiram qualquer comunicado contradizendo a versão do representante. Pouco depois, todavia, o porta-voz do Pentágono George Little negou a procedência da informação. Para Little, "seria impreciso sugerir que o regime norte-coreano testou, desenvolveu ou demonstrou de modo pleno os tipos de capacidade nuclear referidos na passagem (lida)."
Em meio a tensões crescentes na península coreana, oficiais de inteligência em Seul afirmam que Pyongyang tem dois mísseis de médio alcance para lançamento iminente em sua costa leste. Os Estados Unidos, juntamente com seus aliados Coreia do Sul e Japão, impulsionaram defesas antimísseis na região, com navios equipados com armamento antimísseis, um radar flutuante e interceptores no arquipélago de Guam. Comandantes americanos afirmam que suas forças estariam prontas para derrubar um míssil norte-coreano em caso de ameaça à Coreia do Sul, ao Japão ou a bases americanas em Guam.
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DeOlhOnafigueira
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