Presidenta Dilma Rousseff durante desfile cívico-militar de 7 de setembro de 2013. |
Especialistas do espaço online Brasil Religioso discutem a possibilidade do Brasil ter em breve um representante evangélico no mais alto cargo do Poder Executivo: a Presidência da República.
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), em entrevista recente, demonstra interesse em ocupar esta posição: “Se algum partido me desse essa legenda, eu entraria nesse barco. Porque eu acredito que é possível. [...] Isso é promessa bíblica! Bendita é a nação cujo Deus é o Senhor”, diz o pastor.
Os estudiosos ponderam: “O caso Feliciano passa a ser, portanto, uma base de entendimento e especulação sobre uma futura composição evangélica no Executivo. Como se daria, por exemplo, a relação do Governo (no caso, presidido por um evangélico) com os diversos credos religiosos, como o catolicismo (romano e popular), às religiões afro-brasileiras, às de origem norte-americana (como as Testemunhas de Jeová), e às religiões orientais (a exemplo do islamismo e das diversas correntes de origem nipônica), cujo crescimento não deixa margem a dúvidas de que o Brasil será, de fato, dentre alguns anos, composto por uma multiplicidade de credos ou confissões.
Alguns movimentos seculares, como de homossexuais e ateus, também têm experimentado um significativo crescimento nos últimos anos, mesmo que em termos ideológicos ou partidários, mas também numérico”.
Em 2010, última eleição para níveis estaduais e nacionais, Marco Feliciano recebeu mais de 200 mil votos, sendo o 12º parlamentar mais votado no importante estado de São Paulo (SP). Outra cristã que recebeu boa parte da confiança do eleitorado do Brasil foi Marina Silva, que disputava a presidência pelo Partido Verde (PV). Apesar de não disputar o segundo turno, ela teve mais de 19 milhões de votos, sendo a terceira mais votada em todo o país. Marina foi educada no catolicismo, mas, desde o final dos anos 1990, professa o cristianismo evangélico.
O jornalista e pesquisador Johnny Bernardo, em entrevista ao carioca Nosso Tempo, considera que um dos desafios é a falta de consciência sobre o que é ser igreja e sobre união dos diversos ramos: “O Censo 2010 do [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] IBGE aponta para 42,5 milhões o número de evangélicos brasileiros, mas não leva em conta o fato de que não há, pelo menos nas igrejas neopentecostais, uma consciência definida do que é ser Igreja, sendo comum frequentadores orbitarem entorno de terreiros de umbanda e templos da Universal, por exemplo. É um problema não identificado pelo IBGE”. E completa: “os evangélicos já são maioria no Brasil, em relação ao número de católicos praticantes”.
Feliciano, no entanto, observa que o destaque que ganhou da mídia ao longo deste ano de 2013, especialmente ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, lhe deu força, obtendo uma unanimidade inédita no mundo gospel em sua defesa.
Os especialistas observam que o Brasil já teve dois líderes protestantes em curto espaço de tempo: Café Filho e Ernesto Geisel. Café Filho, que sucedeu Getúlio Vargas na década de 50, foi membro da primeira Igreja Presbiteriana de Natal (RN), onde teria sido doutrinado no calvinismo. Ele era defensor do direito ao divórcio, pelo o que foi alvo de duras críticas e oposição por parte da Liga Eleitoral Católica. Já o militar Ernesto Geisel, que governou o país no final dos anos 1970, estudou no colégio protestante Martin Luther e era luterano. Enquanto ele era presidente, foi sancionada a Lei do Divórcio.
Em 2010, última eleição para níveis estaduais e nacionais, Marco Feliciano recebeu mais de 200 mil votos, sendo o 12º parlamentar mais votado no importante estado de São Paulo (SP). Outra cristã que recebeu boa parte da confiança do eleitorado do Brasil foi Marina Silva, que disputava a presidência pelo Partido Verde (PV). Apesar de não disputar o segundo turno, ela teve mais de 19 milhões de votos, sendo a terceira mais votada em todo o país. Marina foi educada no catolicismo, mas, desde o final dos anos 1990, professa o cristianismo evangélico.
O jornalista e pesquisador Johnny Bernardo, em entrevista ao carioca Nosso Tempo, considera que um dos desafios é a falta de consciência sobre o que é ser igreja e sobre união dos diversos ramos: “O Censo 2010 do [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] IBGE aponta para 42,5 milhões o número de evangélicos brasileiros, mas não leva em conta o fato de que não há, pelo menos nas igrejas neopentecostais, uma consciência definida do que é ser Igreja, sendo comum frequentadores orbitarem entorno de terreiros de umbanda e templos da Universal, por exemplo. É um problema não identificado pelo IBGE”. E completa: “os evangélicos já são maioria no Brasil, em relação ao número de católicos praticantes”.
Feliciano, no entanto, observa que o destaque que ganhou da mídia ao longo deste ano de 2013, especialmente ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, lhe deu força, obtendo uma unanimidade inédita no mundo gospel em sua defesa.
Os especialistas observam que o Brasil já teve dois líderes protestantes em curto espaço de tempo: Café Filho e Ernesto Geisel. Café Filho, que sucedeu Getúlio Vargas na década de 50, foi membro da primeira Igreja Presbiteriana de Natal (RN), onde teria sido doutrinado no calvinismo. Ele era defensor do direito ao divórcio, pelo o que foi alvo de duras críticas e oposição por parte da Liga Eleitoral Católica. Já o militar Ernesto Geisel, que governou o país no final dos anos 1970, estudou no colégio protestante Martin Luther e era luterano. Enquanto ele era presidente, foi sancionada a Lei do Divórcio.
Christian Post
DeOlhOnafigueira
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