A participação do
secretário-geral da ONU num evento nos próximos dias no Vaticano que promove um
movimento mundial para combater a mudança climática e um documento pontifício
que pede o estabelecimento de uma autoridade política, econômica e financeira
mundial cultivada pela ONU apanhou a atenção de um escritor que acredita que
esses acontecimentos apoiam predições de seu livro de 2012.
Papa Francisco e Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU |
Thomas Horn, co-autor com Cris Putnam do livro “Petrus
Romanus: The Final Pope is Here” (Pedro Romano: O Último Papa
Está Aqui), comenta que a conferência do Vaticano antecipa a encíclica sobre
aquecimento global e meio-ambiente do Papa Francisco, atualmente marcada para
publicação em junho ou julho.
Horn vê a tentativa do Vaticano de juntar forças com a
ONU nas questões de aquecimento global e mudança climática como evidência
adicional de que o Vaticano está seguindo um plano “para reestruturar as autoridades políticas e econômicas mundiais
transformando-as num governo mundial centralizado.”
Ele aponta para o fato de que o cardeal Peter Turkson,
presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, ajudou a escrever a
primeira versão preliminar da encíclica do papa e também escreveu um documento em 2011 em favor do Vaticano
pedindo o estabelecimento de uma autoridade mundial para eliminar as
desigualdades econômicas e fazer redistribuição de riquezas.
Uma das presenças esperadas na conferência do Vaticano
é a do economista americano Jeffrey Sachs, diretor do Instituto Terra na
Universidade de Columbia e assessor especial do chefe da ONU sobre as Metas de
Desenvolvimento do Milênio. Sachs também trabalha como diretor da Rede de
Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Horn disse ao WND que as pessoas “deveriam se sentar e
prestar atenção” no evento da ONU por causa do documento do Vaticano de 24 de
outubro de 2011, de autoria de Turkson e intitulado “Toward
Reforming the International Financial and Monetary Systems in the Context of a
Global Public Authority” (Reformando os Sistemas Financeiros e Monetários
Internacionais no Contexto de uma Autoridade Pública Global).
Horn disse que o documento “equivale ao Vaticano
pedindo que, sob a ONU, seja estabelecida uma autoridade política, ambiental e
financeira mundial.”
No documento, Turkson reconheceu “que ainda precisamos
andar muito antes de chegar à criação de uma autoridade pública com jurisdição
universal.”
“Pareceria lógico que o processo de reforma procedesse
com a ONU como sua referência,” continuou Turkson, “por causa da dimensão das
responsabilidades da ONU, sua capacidade de unir as nações do mundo e a
diversidade de suas tarefas e as de suas agências especializadas.”
Turkson descreveu como se pareceria a visão do
Vaticano sobre desenvolvimento mundial eticamente aceitável.
“O fruto de tais reformas deve ser uma capacidade
maior de adotar políticas e escolhas que são obrigatórias porque têm como alvo
alcançar o bem comum nos níveis locais, regionais e mundiais,” escreveu ele.
“Entre as políticas, as medidas com relação à justiça
social mundial parecem as mais urgentes: políticas financeiras e monetárias que
não prejudicarão os países mais fracos; e políticas com o objetivo de alcançar
mercados livre e estáveis e uma justa distribuição das riquezas mundiais, a
qual pode proceder de formas sem precedentes de solidariedade fiscal mundial,
que será tratada mais tarde.”
Autoridade pública mundial
Em seu livro “Petrus Romanus,” Horn e Putnam disseram
que a ordem oficial do Vaticano tenta criar um mandato “moral” para estabelecer
“uma autoridade pública mundial” e “um banco central mundial.”
Horn também chamou a atenção para “Caritas
in Veritate” ou “Caridade em Verdade” a terceira e última
encíclica publicada pelo Papa Bento 16 antes que ele abdicasse do papado, a
qual defende uma “Autoridade Política Mundial.”
Um dos objetivos da autoridade mundial, Bento disse,
deve ser “administrar a economia mundial; reviver economias atingidas pela
crise; evitar qualquer deterioração da crise presente e desequilíbrios maiores
que ocorreriam como resultado; promover
desarmamento integral e oportuno, segurança alimentícia e paz; garantir a
proteção do meio-ambiente e regulamentar a migração.”
Bento disse que em “face do crescimento implacável da
interdependência mundial, sente-se uma necessidade forte, até mesmo no meio de
uma recessão mundial, de uma reforma da Organização das Nações Unidas, e
semelhantemente de instituições econômicas e das finanças internacionais, de
modo que o conceito da família das nações adquira força real.”
“O
líder da Igreja Católica mundial, considerado pelos católicos como o
representante pessoal de Jesus Cristo, se tornou defensor de uma das
organizações mais corruptas da face da terra — a ONU,” Horn disse. “O que está
acontecendo tem implicações proféticas para os cristãos que temem que uma
ditadura mundial tomará o poder na terra nos ‘últimas dias.’”
Julio SeveroDeOlhOnafigueira
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