Os progressistas sexuais alegam que estão a dar início a um
“admirável mundo novo” repleto de liberdade, mas a sua “nova” moralidade
é tão antiga como as montanhas.
Quantas vezes já ouviram os progressistas sexuais alegarem que
aqueles de nós que defendem a moralidade sexual e o casamento
tradicionais estão “do lado errado da história”? Mas como ressalva um
livro recente, são os proponentes da revolução sexual que estão a
abraçar uma moralidade sexual que a história deixou para trás há
milênios – nas ruínas do Fórum Romano.
Sim, a civilização ocidental está a atravessar por uma mudança
cultural dramática; no espaço de alguns anos, a nossa sociedade mudou de
forma fundamental o entendimento do casamento, abraçou a noção de que
os homens podem transformar-se em mulheres, e está agora a promover a
ideia de que homens adultos podem-se sentir à vontade para partilhar
instalações sanitárias com jovens mulheres. Sem surpresa alguma, estamos
também a observar esforços rumo à normalização da poligamia, pedofilia e
incesto.
É precisamente em tempos como estes que devemos de ter algum tipo de perspectiva histórica. E é precisamente por isso que o livro do pastor luterano Matthew Rueger com o título de “Sexual Morality in a Christless World,” é cronologicamente apropriado. Nele, Rueger mostra como a moralidade sexual cristã agitou o mundo pagão da Roma antiga. As noções do amor compassivo, da castidade sexual, e da fidelidade marital eram estranhos, e até chocantes para o povo dessa época.
Citando estudiosos atuais, Rueger detalha a visão sexual do mundo
romano que durou centenas de anos. As mulheres e as crianças eram vistas
como objetos sexuais; os escravos – homens e mulheres – poderiam
esperar serem abusados sexualmente; a prostituição estava amplamente
difundida; e o homossexualismo predatório era comum. A moralidade sexual
cristã (que limita a atividade sexual para o casamento entre um homem e
uma mulher com idade para gerar filhos e filhas, cuidar do lar e
ensinar os mandamentos bíblicos à descendência) pode ter sido vista como
repressiva para os licenciosos, mas ela era um dom de Deus para as
vítimas.
Rueger escreve que: as alegações atuais de progressismo e avanços por
via da aceitação de “visões sexuais dominantes em torno da sexualidade e
do casamento [sic] homossexual” estão totalmente desinformadas… A visão
contemporânea em torno da sexualidade nada mais é que um renascimento
duma visão do mundo antiga e muito menos compassiva.
Mas ela é também o renascimento duma visão antiga e mais pobre do
homem. Imaginem a reação duma escrava pagã romana que aprendia pela
primeira vez que ela tinha valor – e não valor monetário como um bem
para ser usado e descartado pelo dono – mas valor eterno visto que ela
havia sido criada à imagem de Deus.
Ou imaginem a dor de consciência sentida por um marido romano infiel
mal ele viesse a saber que Deus havia incarnado, tomado a forma dUm
Homem, e que a maneira como ele cuidava do seu próprio corpo e do corpo
dos outros era importante para Deus. Sem dúvida, que isto havia de ser
importante.
Não podemos desviar o olhar e ignorar este renascimento profano da
sexualidade pagã e da sua visão humilhante do ser humano. Mas também não
podemos agitar as mãos temerosamente, ou desistir derrotados. Tal como
Rueger salienta, Cristo e a Sua Igreja transformaram de maneira radical
uma sexualidade mais cruel e mais caótica que a nossa.
Olhem para os crentes antigos que vieram antes de nós: Em vez de
sucumbirem ou se acomodarem ao espírito da época, os novos convertidos
da Igreja primitiva vieram a entender, tal como escreve Rueger, que “a moralidade cristã fundamentava-se na pureza abrangente de
Cristo e no amor auto-esvaziante… Os cristãos já não poderiam viver como
os gregos ou como os romanos. A sua visão do mundo e a visão que eles
tinham deles mesmos eram totalmente distintas. Eles agora eram um com
Cristo, de coração e alma.”
Agora, escreve Rueger, a sua natureza distinta “não iria poupá-los do
sofrimento, mas, sim convidar o sofrimento”. É totalmente claro que o
mesmo se aplica a nós cristãos nos dias de hoje. Será que iremos dobrar
os nossos joelhos a esta renascida sexualidade pagã, ou será que iremos
disponibilizar a liberdade e o plano de Deus para a sexualidade humana
para um mundo que desesperadamente necessita dele?
Midia Sem Máscara
DeOlhOnafigueira
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