sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Doze lições que aprendemos com a Igreja Perseguida

"Então vos hão de entregar para serdes atormentados,
e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações
por causa do meu nome.”
Mateus 24:9

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Lição 1: A perseguição acelera o crescimento da igreja
Cristãos norte-coreanos afirmaram que Deus está presente mesmo no vale da sombra da morte. Do país que lidera há mais de uma década, no topo da Lista Mundial da Perseguição, chegam os mais incríveis relatos de verdadeiro cristianismo.

Lição 2: Nossas orações ultrapassam fronteiras
Infelizmente, nem todos os cristãos que são raptados por grupos extremistas islâmicos são resgatados ou encontrados com vida. Mas há alguns casos excepcionais onde a maioria consegue escapar. Esses cristãos perseguidos atribuem a liberdade como resposta de muitas orações.

Lição 3: Orar “com” alguém é mais eficaz do que orar “por” alguém
Essa afirmação veio de uma jovem síria que foi entrevistada por um colaborador da Portas Abertas que atua no país: “Não orem por nós, orem conosco, pois é isso o que nos dá força. Orem pela paz em nosso país e orem com muita fé, pois temos esperança de que tudo vai melhorar”. A jovem finalizou com essas palavras de fé “Eu sei que Deus não vai falhar”. 


Lição 4: Deus usa todos os meios para resgatar vidas
Cristãos no Butão encontraram uma forma bem criativa para evangelizar. Eles estão reproduzindo CDs e DVDs de músicas cristãs para alcançar os corações dos butaneses, alegando que o trabalho de distribuição de Bíblias e panfletos não funcionou muito bem para eles, mas que com a música, muitos estão se rendendo ao amor de Jesus.

Lição 5: Perdoar traz paz de espírito
Um jovem cristão que vive na República Centro-Africana ficou muito ferido após um ataque do grupo extremista Seleka, em 2013. Infelizmente, ele ficou com algumas sequelas definitivas que o limitam fisicamente. No começo, ele disse ter questionado muito a Deus. “Sentia raiva dos militantes, principalmente quando via as cicatrizes em meu corpo. Mas Deus me ensinou a arte do perdão e ministrou em mim a paz de espírito.”, revelou o cristão.

Lição 6: Seguir a Cristo é mais que aceitar um convite, é uma decisão
Uma família chinesa decidiu abandonar o islamismo para seguir Jesus. Eles foram humilhados e expulsos pela própria família e agora vivem em uma casa abandonada, mas estão convictos de sua fé e não pensam em voltar atrás.

Lição 7: Não devemos temer a morte
A Igreja Perseguida entende que deve permanecer onde está, mesmo em meio à guerra, aos ataques e à violência extrema, porque os cristãos devem brilhar na escuridão. “Durante esses 5 anos passamos por situações realmente complicadas e tristes; a morte é algo que nos rodeia o tempo todo, sempre somos ameaçados, mas a nossa fé nos sustenta”, disse uma cristã perseguida que vive na Síria.

Lição 8: Devemos estar sempre preparados para dias piores
No Mali, os cristãos reconheceram que não estavam preparados para o que viria. A perseguição chegou de forma mais severa e muitos não resistiram, abrindo caminho para o sincretismo. Os líderes não estavam prontos para combater as falsas doutrinas que invadiram a igreja.

Lição 9: Todo cristão tem uma missão para cumprir
Um dos líderes da igreja no Iraque disse que se sente na obrigação de permanecer no país, mesmo quando tudo parece estar perdido. “O cristianismo no Iraque é como uma grande árvore que está aqui há mais de 2 mil anos, mas agora existem muitos inimigos querendo cortar essa árvore e se livrar dela”. Por esse motivo ele decidiu ficar. “A palavra de Deus nos instrui sobre como lidar com a opressão e a violência. Devemos ser amáveis como Cristo nos ensinou”, enfatiza o líder.

Lição 10: Recomeçar sempre, independente da situação
Nossos irmãos e irmãs no Oriente Médio estão enfrentando uma fase complicada. Eles precisam de muita iniciativa e coragem para recomeçar em diversas áreas de suas vidas. Há igrejas para ser restauradas, casas que precisam ser reconstruídas, famílias que vão iniciar do zero, sem contar os traumas psicológicos que precisam ser tratados, emoções e sentimentos que necessitam de cuidados médicos, entre muitas outras carências. Mas a igreja permanece firme e perseverante.

Lição 11: Existe alegria em meio à tristeza

Em meio a tanto trabalho e compromissos duas cristãs que vivem no Bangladesh, mãe e filha, conseguem louvar a Deus como “cantoras populares” em sua vila. “Somos compositoras e trabalhamos para Deus, conscientizando as mulheres sobre o erro do casamento infantil na região em que vivemos, o que é outro problema que o país enfrenta. Temos também 20 canções de adoração que são apresentadas nos eventos cristãos”, disse ela. Apesar da situação difícil que enfrentam por serem cristãs, as duas irradiam a alegria de Cristo por onde vão.

Lição 12: Somos dependentes de Deus

A igreja cubana tem enfrentado grandes desafios e ao mesmo tempo tem se mostrado forte e perseverante. “Aprendemos a lição mais importante que um cristão pode aprender sobre a terra, que é depender de Deus em todas as circunstâncias e acho que esse é o maior tesouro que a igreja cubana pode compartilhar nesse tempo”, explica um dos líderes que atua no país.

Memorial da Igreja Perseguida
 
"Combati o bom combate, 
terminei a corrida, guardei a fé." (2 Timóteo 4.7)

Para nós que fazemos parte da igreja livre de perseguição, a morte muitas vezes tem um significado simbólico. Muitos costumam dizer que "morreram para o mundo" ou que de alguma forma deixou morrer a velha criatura para que uma nova pessoa em Cristo pudesse nascer.

Para a Igreja Perseguida a morte é algo bem real. Morrer pelo nome de Jesus parece ser corriqueiro para eles. Mas não é o tipo de notícia que chega até nós através da TV. Todos os dias, porém, há cristãos que morrem porque decidiram não negar a Cristo. Veja:

Bangladesh

Hossain foi um líder cristão muito ativo em seu país. Quando se converteu, suportou primeiro a pressão dos familiares, teve o salário negado no trabalho por ser cristão, mas permaneceu firme pregando o Evangelho. Esse ano ele foi atacado durante um passeio matutino e morreu no local. A família que também se converteu ao cristianismo disse emocionada "ele cumpriu sua missão".

República do Congo
Cada ano que passa a situação piora para os cristãos congoleses. Assassinatos agora fazem parte do cotidiano deles. A jihad (luta islâmica) já custou a vida de milhares de cristãos nesse país.

Índia
Jeyram Khoskla* tinha 23 anos e havia se convertido ao cristianismo alguns anos atrás. Ele era ativo nos trabalhos da igreja, distribuía Bíblias e costumava exibir filmes sobre Jesus, inspirando muitas famílias. Infelizmente, alguns aldeões invadiram sua casa e o levaram. Seu corpo foi encontrado sem vida, com vários tiros. Ele deixou sua esposa e três filhos pequenos.

Coreia do Norte
Han Choong Yeol tinha 49 anos e ajudava refugiados norte-coreanos que atravessavam a fronteira para a China. Ele foi morto por agentes secretos que o capturaram. Han deixou sua esposa e dois filhos, bem como três igrejas locais, com cerca de 600 membros, que ele ajudou a fundar e pastoreava.

Egito
Após uma bomba ser lançada sobre uma igreja no Egito, durante um culto, 27 cristãos morreram, entre eles muitas mulheres e crianças. Esse Natal será de muita tristeza e saudade para amigos e familiares.

Raphael Moussa era um líder cristão egípcio. Ele foi morto por militantes do Estado Islâmico logo após ter ministrado um culto numa igreja local. Há relatos de que a violência partiu de um grupo que chegou declarando a jihad . O termo vem sendo cada vez mais usado para justificar os combates contra os cristãos, e assim estabelecer o islã à força. Os muçulmanos radicais visam exterminar com os kaafirs (não muçulmanos) através de uma luta física e ideológica.

Quênia
Um ataque deliberado visava forçar a saída de todos os cristãos de uma região de maioria muçulmana; uma granada foi lançada em um bloco residencial, à noite, enquanto todos dormiam. O grupo extremista Al-Shabaab reivindicou a morte de seis cristãos na cidade de Mandera, no Nordeste do Quênia.

Nigéria
Eunice*, de 42 anos, foi uma guerreira de Cristo. Em julho, ela foi atacada por militantes radicais islâmicos, enquanto pregava a Palavra numa pequena igreja, perto de sua casa, na região de Kubwa, na cidade nigeriana de Bwari. Ela era casada com o líder cristão Olowale Eliseu e tinha sete filhos. 

A cristã Bridget Patience Agbahime, de 74 anos, foi morta em frente ao seu próprio comércio, por supostamente blasfemar contra Maomé. A vítima estava com seu marido Mike, o líder da igreja Deeper Life Bible, mas ele não conseguiu impedir o ataque. Um dos policiais que estava no local disse que o incidente ocorreu logo após uma discussão sobre religião entre Bridget e alguns comerciantes, mas várias fontes negaram que a mulher blasfemou contra o profeta.

Etiópia
Uma cristã etíope passou por momentos difíceis e dolorosos quando perdeu o marido. Ele foi assassinado em seu próprio restaurante por militantes de um grupo extremista islâmico. Um dos filhos do casal que sentiu demais a perda do pai viveu momentos de revolta, mas ele disse que aprendeu a perdoar. "Não há necessidade de vingança, pois meu pai não morreu em vão; saber que ele morreu por causa de Jesus é uma honra para mim."


*Nomes alterados por motivos de segurança.

Portas Abertas via Últimos Acontecimentos
DeOlhOnafigueira 

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