Israel está realizando contatos para reiniciar as negociações de paz com os palestinos, garantiu nesta segunda-feira o vice-primeiro-ministro e titular de Interior israelense, Silvan Shalom.
"Gostaríamos de reiniciar as conversas de forma imediata e incondicional", declarou o ministro em um encontro com um grupo de jornalistas, no qual acrescentou que "houve alguns conatos recentemente", mas não quis oferecer mais detalhes.
O último processo de negociação entre israelenses e palestinos, impulsionado por Washington, terminou sem resultados em abril de 2014.
A afirmação de Shalom coincidiu com a visita a Israel do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter.
"Estamos tentando ver como isto poderia ser feito", acrescentou Shalom.
O ministro israelense comentou que a outra parte está pedindo "gestos de boa vontade", mas criticou que, ao mesmo tempo, os palestinos estejam realizando "atos unilaterais" como denunciar ações israelenses no Tribunal Penal Internacional (TPI).
As negociações de paz não tiveram sucesso, em boa medida, pela recusa israelense de suspender a construção nos assentamentos judaicos e, desde então, a liderança palestina assinou dezenas de tratados de adesão a organizações internacionais, entre eles o TPI, em busca de reconhecimento internacional.
"Isso não ajuda", criticou Shalom, antes de acrescentar que seu Ministério, recentemente, autorizou que 8 mil palestinos da Cisjordânia recebessem permissão para entrar e trabalhar no território de Israel.
Shalom também comentou o interesse da União Europeia em aumentar sua participação nas tentativas para retomar o diálogo, mas alertou que a organização europeia tem que manter "uma posição equilibrada".
"Se de início disserem que é preciso estabelecer um Estado palestino nas fronteiras de 1967 com sua capital em Jerusalém Oriental e que é preciso chegar a um acordo para os refugiados, então o que nos resta para negociar?", se perguntou o ministro.
Shalom também aproveitou para criticar o acordo nuclear alcançado entre o Irã e os países do G5 1 (EUA, Reino Unido, França, China, Rússia, mais Alemanha).
Teerã "vem nos enganando durante décadas", tentando se transformar em uma potência militar nuclear, lembrou o ministro, que previu que em dez ou 15 anos "o Irã poderá enriquecer (urânio) tudo o que quiser", o que representará um grande risco, não só para Israel, mas para todo o mundo, porque o país poderá adquirir armas atômicas.
"Tiranias como a iraniana sempre violam os acordos. Todos lembramos o que ocorreu com a Coreia do Norte e não queremos estar na mesma situação", disse.
Além disso, Shalom previu que, graças à suspensão das sanções, o Irã terá acesso a "entre US$ 500 e 750 bilhões", e usará parte disso para "financiar o terrorismo".
O ministro israelense, no entanto, defendeu as "boas relações" de Israel com os EUA, "apesar dos desentendimentos que há agora" sobre o Irã.
"Os EUA são o melhor aliado que Israel já teve, tem e terá", resumiu Shalom e negou que seu governo pense em fazer contatos em Washington para evitar que o Congresso aprove o acordo nuclear com o Irã.
"Israel não irá falar com os legisladores americanos" para que votem contra, mas "se (eles) vierem aqui, certamente serão recebidos e lhes diremos o que pensamos: que achamos que o acordo não é um documento que deve ser assinado", concluiu.
O último processo de negociação entre israelenses e palestinos, impulsionado por Washington, terminou sem resultados em abril de 2014.
A afirmação de Shalom coincidiu com a visita a Israel do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter.
"Estamos tentando ver como isto poderia ser feito", acrescentou Shalom.
O ministro israelense comentou que a outra parte está pedindo "gestos de boa vontade", mas criticou que, ao mesmo tempo, os palestinos estejam realizando "atos unilaterais" como denunciar ações israelenses no Tribunal Penal Internacional (TPI).
As negociações de paz não tiveram sucesso, em boa medida, pela recusa israelense de suspender a construção nos assentamentos judaicos e, desde então, a liderança palestina assinou dezenas de tratados de adesão a organizações internacionais, entre eles o TPI, em busca de reconhecimento internacional.
"Isso não ajuda", criticou Shalom, antes de acrescentar que seu Ministério, recentemente, autorizou que 8 mil palestinos da Cisjordânia recebessem permissão para entrar e trabalhar no território de Israel.
Shalom também comentou o interesse da União Europeia em aumentar sua participação nas tentativas para retomar o diálogo, mas alertou que a organização europeia tem que manter "uma posição equilibrada".
"Se de início disserem que é preciso estabelecer um Estado palestino nas fronteiras de 1967 com sua capital em Jerusalém Oriental e que é preciso chegar a um acordo para os refugiados, então o que nos resta para negociar?", se perguntou o ministro.
Shalom também aproveitou para criticar o acordo nuclear alcançado entre o Irã e os países do G5 1 (EUA, Reino Unido, França, China, Rússia, mais Alemanha).
Teerã "vem nos enganando durante décadas", tentando se transformar em uma potência militar nuclear, lembrou o ministro, que previu que em dez ou 15 anos "o Irã poderá enriquecer (urânio) tudo o que quiser", o que representará um grande risco, não só para Israel, mas para todo o mundo, porque o país poderá adquirir armas atômicas.
"Tiranias como a iraniana sempre violam os acordos. Todos lembramos o que ocorreu com a Coreia do Norte e não queremos estar na mesma situação", disse.
Além disso, Shalom previu que, graças à suspensão das sanções, o Irã terá acesso a "entre US$ 500 e 750 bilhões", e usará parte disso para "financiar o terrorismo".
O ministro israelense, no entanto, defendeu as "boas relações" de Israel com os EUA, "apesar dos desentendimentos que há agora" sobre o Irã.
"Os EUA são o melhor aliado que Israel já teve, tem e terá", resumiu Shalom e negou que seu governo pense em fazer contatos em Washington para evitar que o Congresso aprove o acordo nuclear com o Irã.
"Israel não irá falar com os legisladores americanos" para que votem contra, mas "se (eles) vierem aqui, certamente serão recebidos e lhes diremos o que pensamos: que achamos que o acordo não é um documento que deve ser assinado", concluiu.
Agência EFE
DeOlhOnafigueira
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