quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Estará o Irã a tentar antecipar o "Final dos Dias" na Síria?

Cartaz em Teerã anuncia a vinda do Mahdi
É sabido que o Irã está a estabelecer várias bases militares na Síria (calcula-se que são 13), prevendo-se que planeje atacar Israel a partir das mesmas. Contudo, segundo várias fontes, as aspirações persas poderão ter causas mais messiânicas do que militares.

O Irã tem vindo constantemente a ameaçar Israel de destruição total, justificando o seu programa nuclear para esse mesmo propósito. Milhões de dólares têm também sido canalizados do regime iraniano para os grupos e governos fantoches instalados no Líbano e na Síria. Referimo-nos obviamente ao grupo terrorista islâmico Hezbollah, no Líbano, e ao presidente do regime sírio, Bashar al-Assad.

Há quem no entanto avance a idéia de que o Irã quer apressar o fim do mundo, bem ao estilo islâmico...

Segundo Ryan Mauro, analista político do "Clarion Project", o escalar do envolvimento militar iraniano na Síria tem contornos religiosos e messiânicos: "Esta não é uma competição normal entre poderes hostis, nem tampouco a habitual apoio iraniano ao terrorismo e à expansão da presença iraniana no Médio Oriente" - afirmou Mauro, acrescentando: "Para o regime iraniano, isto é o cumprimento das profecias."

E para comprovar estas alegações, Mauro lembra que as novas tropas iranianas denominam-se "Ansar al-Mahdi" ("Apoiantes do Messias"), tendo sido também criada a brigada 313, para a qual estão sendo recrutados jovens xiitas sírios. Segundo uma tradição do xiismo islâmico, 313 é o número de guerreiros que chegarão com o Mahdi, o messias islâmico.

A tradição islâmica defende a idéia de que o Mahdi é o redentor do islamismo. Para eles, a chegada do Mahdi coincidirá com a do Messias cristão, que será o assistente do Mahdi islâmico na luta contra o Anti-Cristo, o falso messias, o "Masih ad-Dajjal." 

"Jesus considerar-se-á mulçumano"
A alucinação islâmica não se fica por aqui...Segundo a tradição maometana, o messias islâmico Mahdi irá aparecer juntamente com Jesus, que se identificará "como muçulmano", matando os cristãos que se recusem a se converter. O islamismo xiita defende que os dias finais compreenderão uma batalha sangrenta que causará a morte a dois terços da humanidade, sendo que os restantes se converterão ao islamismo.

O conceito do Mahdi está explícito na política actual iraniana. Num discurso perante a Assembleia Geral da ONU em 2008, o ex-presidente persa Mahmoud Ahmadinejad deixou os políticos presentes boquiabertos quando implorou explicitamente a Alá para que apressasse a vinda do Mahdi.

Segundo Mauro, "não se está a lidar com atores totalmente racionais. É possível ser ao mesmo tempo irracional, pragmático e estratégico, e é isso que o Irã está fazendo. Se compreenderem estas profecias, compreender-se-á o Irã."

Visão iraniana da conquista islâmica de Jerusalém
Mauro explicou ainda que segundo a teologia xiita, o Irã acredita que irá liderar a batalha contra os adversários sunitas, entrando dentro de Israel e eventualmente conquistando Jerusalém. Mauro acredita ainda que a recente desestabilização na Arábia Saudita é resultado direto da agenda apocalíptica iraniana.

Realmente tudo leva a crer que o islamismo xiita tem como objetivo "invadir" o mundo inteiro para se tornar na religião dominante. E se essa é a agenda do regime iraniano, como bem parece ser, o mundo que se prepare...

E, obviamente, Israel terá de se precaver.

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