segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Abbas vai dissolver Autoridade Palestina, revogar o reconhecimento de Israel e apela ao Hamas para se juntar à nova linha dura

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A reunião do gabinete de segurança israelense no domingo, 5 de agosto, resolveu não revisar sua política antiterror para Gaza em resposta ao plano de trégua entre a ONU e o Egito. 
 
A declaração do gabinete emitiu: “A IDF está preparada para qualquer cenário” - significa que um esforço será feito por agora para evitar o desencadeamento de uma grande conflagração por uma resposta escalonada à ofensiva de pipas e balões do Hamas. 
 
Os ministros agiram seguindo o conselho do tenente-general das IDF, Gady Eisenkot, que propôs a continuação da política moderada de contenção, à luz dos relatos da cidade de Gaza de que a maioria dos líderes do Hamas estava disposta a um cessar-fogo e à abertura do governo, passagens de fronteira para Israel e Egito e, por essa razão, deixariam sua campanha incendiária acabar. Além disso, o plano geral, adiantado pelo emissário da ONU e pelo Egito para uma trégua de longo prazo em Gaza, com provisões para aliviar as dificuldades da população sob o governo do Hamas, entrou em colapso depois de menos de uma semana. 
 
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas (Abu Mazen), não só vetou todo o projeto, como também foi muito além; ele adotou uma posição extremamente rejeicionista contra Israel e está pedindo que o Hamas chegue a bordo. Ele argumenta que nem a ONU nem o Egito deveriam determinar o destino da Faixa de Gaza, mas apenas os próprios palestinos.

O primeiro passo de Abu Mazen foi encorajar o Hamas a continuar seus ataques a Israel e não aceitar um cessar-fogo. É a primeira vez que o líder da AP se alia abertamente à Marcha de Retorno e terror do rival Hamas com pipas e balões incendiários. Seu próximo passo será declarar a Autoridade Palestina dissolvida, seguida da suspensão do reconhecimento palestino de Israel e da anulação dos acordos de paz provisórios de Oslo, em 1993. Em vista do endurecimento da linha anti-Israel palestina, a política de Israel de contenção e contenção do terror pode revelar-se insustentável.
 
Traduzido de Debka.com
DeOlhOnafigueira

Nota do blog:
Se de fato procede essa informação, significa que novamente a Autoridade Palestina rejeita a paz e busca os conflitos. Não é novidade.

Basta lembrar que quando do reconhecimento de Israel, conforme Resolução 181 da ONU, também foi criado o estado Palestino. E o que foi rejeitado pela liderança palestina, tendo então optado pelo conflito e a destruição de Israel. Ou seja, essa postura da Autoridade Palestina nao surpreende. Afinal, ao longo desse tempo, desde 1937, por várias vezes, inúmeras propostas de paz foram rejeitadas. Cito algumas:
 
1. Em Julho de 1937, uma comissão Britanica propunha a divisão da terra, que compreendia parte para o Estado Árabe, outra para o Estado Judeu e a Internacionalização de Jerusalém. Enquanto os judeus da Judéia estavam extremamente insatisfeitos com a proposta da divisão de terras, mas ainda permaneciam abertos a negociações, a OLP rejeitava essa proposta de imediato.

2. A Resolução 181 da ONU, em 1947, dividia os territórios entre ambos os povos, e constituia um Regime Internacional especial para a Cidade de Jerusalém. Israel aceitou a proposta, a Autoridade Palestina rejeitou. 

3. No dia da independência, em 15 de maio de 1948, os exércitos árabes e palestinos invadiram áreas judaicas, para capturar, dividir e anexar o território com a remoção de todos os judeus. Simplesmente foram derrotados.

4. Palestinos rejeitaram um armistício de 1949 entre os exércitos árabes e Israel, segundo o qual aproximadamente 25% das terras a oeste do rio Jordão permaneceram sob controle árabe após os acordos de armistício, mas recusaram um Estado.

5. A Fundação de 1964 do Estado da Palestina nunca levou a um estado na Cisjordânia e Faixa de Gaza, mas focou apenas na Eliminação de Israel.

6. Após a Guerra dos 6 Dias de 1967 com a vitória Decisiva de Israel, o Governo da Unidade Nacional de Israel, incluindo Menachem Begin, votou para devolver a terra em troca da paz. Os palestinos se juntaram ao resto do mundo árabe na Cúpula Árabe de Cartum, respondendo sem paz, sem reconhecimento e sem negociação com Israel.

7. Os Acordos de Paz de Camp David, de 1979, ofereciam aos palestinos plena autonomia predefinindo a plena Independência, mas foram rejeitados por qualquer discussão.

8. Em 1993, nos Acordos de Oslo, a Declaração de Princípios sobre Arranjos Autominais do Governo foi assinada pelo Primeiro Ministro Israelense Rabin e o Palestino Arafat, mas o Processo foi interrompido pela Onda do Terrorismo Palestino instigada pela Administração Palestina de Arafat.

9. Na Cúpula de Camp David, em 2000, o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, oferece 95% da Cisjordânia e Faixa de Gaza à Autoridade Palestina, um Estado Independente. Arafat não aproveitou essa oportunidade.

10. O primeiro-ministro Olmert na Cúpula de Taba ofereceu um acordo de paz a Arafat e novamente foi rejeitado em 3 de janeiro de 2001.

11. Retirada unilateral de Israel da Faixa de Gaza em março de 2006, os palestinos poderiam ter declarado o início de um Estado, mas optaram por lançar foguetes contra civis israelenses e rejeitar qualquer solução de 3 ou 4 estados.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, ofereceu 99,5% da Cisjordânia e de Gaza e dividiu Jerusalém, mas o presidente palestino, Mahmoud Abbas, recusou qualquer discussão em setembro de 2008.

Infelizmente, o que se vê, é que sempre buscaram o caminho mais dificil para a solução dos conflitos. Ou seja, as armas. Em momento algum, quando rejeitaram as propostas, houve passividade, ou apresentaram contrapropostas, mas sempre fizeram uso da violência. 

Assim, já é previsivel a rejeição de uma solução pacífica com Israel, como visto em mais de 70 anos. 
 
DeOlhOnafigueira

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