terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Negociação com palestinos deve ser a prioridade do próximo governo de Israel, diz candidato

Eleições parlamentares israelenses,  marcadas para 22/01, irão definir novo governo

Palestinos jogam pedras em tanques israelensesn em protesto contra a ocupação
Se não retomar as negociações de paz com os palestinos, Israel poderá enfrentar em breve uma revolta árabe do outro lado do muro. Esse é o alerta do ex-chefe da agência de inteligência israelense, que vai concorrer a uma cadeira no Parlamento local, nas eleições marcadas para 22 de janeiro.

Yaakov Peri, do partido centrista Yesh Atid (Existe um Futuro), disse nesta terça-feira (8), em entrevista à agência de notícias Reuters, que o próximo governo local deve colocar as negociações com os palestinos como prioridade da política externa.

— Israel deve fazer todo o possível para voltar à mesa de negociações e cumprir seu compromisso.

Nas últimas semanas, o Exército israelense tem relatado um aumento nos casos de violência dentro da Cisjordânia, território palestino que contém áreas ocupadas por Israel. O fato provocou o alerta para uma possível Intifada (a revolta árabe).

— Estamos à beira de uma terceira Intifada? Essa é uma possibilidade real, por causa da quantidade de desespero, aliado ao impasse político.

Peri comandou a agência nacional de inteligência, Shin Bet, de 1988 a 1994, período que coincidiu com a primeira Intifada, termo usado para descrever a revolta dos palestinos contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Já a segunda Intifada ocorreu entre 2000 e 2006.

Segundo Peri, grupos fundamentalistas islâmicos poderiam ventilar a ideia de uma nova Intifada, caso as negociações de paz não sejam retomadas.

Para Peri, no entanto, uma 3ª Intifada não seria obrigatoriamente violenta, como as duas anteriores, mas poderia levar uma multidão de palestinos às ruas.

O Yesh Atid, que é comandado por um âncora de TV, deve levar cerca de 10 dos 120 assentos da Knesset, o Parlamento de Israel. O partido ainda não descartou participar de uma coalizão do premiê Benjamin Netanyahu, o atual premiê, caso ele volte a se sagrar vencedor.

As conversas de paz entre israelenses e palestinos estão interrompidas desde o segundo semestre de 2010. Para os palestinos, as negociações só podem ser retomadas quando o plano de construção de colônias judaicas dentro da Cisjordânia for interrompido.
 
Já os israelenses prometem voltar à mesa de negociações quando os palestinos derrubaram qualquer exigência.
 
R7
DeOlhOnafigueira 

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