Documentário '5 broken cameras' teve exibição pública nesta segunda.
Diretor usou uma câmera amadora em projeto quase sem orçamento.
O filme "5 broken cameras", indicado ao Oscar de melhor documentário neste ano, foi exibido aos palestinos pela primeira vez nesta segunda-feira (28), deixando a plateia otimista com a repercussão global do longa-metragem para sua luta contra a ocupação israelense.
Com uma câmera amadora e quase sem orçamento, o jornalista Emad Burnat passou cinco anos documentando protestos semanais contra confiscos de terras realizados por forças israelenses e colonos judeus na aldeia palestina de Bil'in, na Cisjordânia ocupada.
Vizinhos são mortos nos protestos, e equipamentos de demolição pontuam a paisagem, enquanto o cineasta captura a rápida perda da inocência do seu filho pequeno, como mostram as primeiras palavras que ele aprende: "muro" e "exército".
"Este é um filme para aqueles que foram martirizados. É maior do que eu e maior do que Bil'in. Mais de 1 bilhão de pessoas acompanham o Oscar, e agora saberão da nossa luta", disse Burnat após a exibição. "5 broken cameras" concorre com outros quatro filmes, incluindo o documentário israelense "The gatekeepers", reunindo depoimentos de seis ex-chefes de serviços de inteligência israelenses.