Presidente palestino, Mahmud Abbas |
O Ministerio das Relações Exteriores israelense instruiu seus embaixadores para que transmitam aos governos que se a ONU aceitar a Palestina como estado não membro, Israel se sentirá livre para anular os acordos de paz de Oslo (1993).
"Oslo é um contrato e o respeito desse contrato depende da boa vontade das partes envolvidas. Se uma parte decide romper o contrato já não há acordo", declarou à Agência Efe um responsável israelense, que pediu para não ser identificado e acrescentou que "uma coisa é um descumprimento, a outra é violar o marco fundamental" do pacto.
Ao seu entender, a estratégia palestina de pedir o reconhecimento na Assembleia Geral da ONU, que previsivelmente será realizada no próximo dia 29, contradiz dois aspectos fundamentais de Oslo: o pacto de que qualquer diferença entre as partes deve ser discutida de forma bilateral e não ser repassado a uma terceira parte e, por outro lado, a ordem estabelecida do processo.
"Oslo estabelece uma sequência de eventos: primeiro há negociações, depois um acordo, depois a aplicação do acordo e então, o Estado palestino poderá pedir reconhecimento. No entanto, os palestinos buscam um atalho para evitar essa sequência necessária e obrigatória. Parece que a mensagem é que não é preciso negociar, não é preciso que haja acordo (de paz)", assegura o responsável.
"Se romperem o contrato, nós nos sentiremos livres para adotar qualquer medida que nos pareça adequada sem levar em conta o que estipula Oslo", advertiu a fonte.
Lior Ben Dor, um porta-voz das Relações Exteriores, explicou à Agência Efe que esse Ministério enviou um telegrama há poucos dias a todos seus embaixadores pedindo-lhes que transmitam a posição de que "se os palestinos assumirem esta medida (a campanha na ONU ) unilateral que contradiz os acordos de Oslo assinados pelas duas partes, Israel também tomará medidas unilaterais".
O porta-voz, por sua vez, evitou detalhar quais seriam essas medidas e insistiu que a decisão palestina "é uma prova de que eles não querem a reconciliação com Israel, mas dar sequência ao confronto. É evidente que querem pôr Israel em uma situação embaraçosa, encurralar a Israel"
O chefe da diplomacia israelense, Avigdor Lieberman, está estudando diversas represálias aos palestinos pelo recurso palestino à ONU, informou hoje a imprensa local.
Um documento das Relações Exteriores indica que, se os palestinos seguir adiante, a resposta adequada seria "fazer derrubar o presidente Mahmoud Abbas", informou hoje o jornal israelense Yedioth Ahronoth em sua versão online.
Já o Ha'aretz acrescenta que, além da anulação total ou parcial de Oslo, Israel avalia outras represálias, como acabar com a transferência de impostos e tarifas que as autoridades israelenses arrecadam em nome da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - que supõem um 56% de seu orçamento - e cancelar as permissões que milhares de palestinos têm para trabalhar em Israel e nos territórios que controla.
Terra
Nota do blog: Os acordos de Oslo foram uma série de acordos na cidade de Oslo na Noruega entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton. Assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém. (Fonte: Wikipédia)
"Oslo é um contrato e o respeito desse contrato depende da boa vontade das partes envolvidas. Se uma parte decide romper o contrato já não há acordo", declarou à Agência Efe um responsável israelense, que pediu para não ser identificado e acrescentou que "uma coisa é um descumprimento, a outra é violar o marco fundamental" do pacto.
Ao seu entender, a estratégia palestina de pedir o reconhecimento na Assembleia Geral da ONU, que previsivelmente será realizada no próximo dia 29, contradiz dois aspectos fundamentais de Oslo: o pacto de que qualquer diferença entre as partes deve ser discutida de forma bilateral e não ser repassado a uma terceira parte e, por outro lado, a ordem estabelecida do processo.
"Oslo estabelece uma sequência de eventos: primeiro há negociações, depois um acordo, depois a aplicação do acordo e então, o Estado palestino poderá pedir reconhecimento. No entanto, os palestinos buscam um atalho para evitar essa sequência necessária e obrigatória. Parece que a mensagem é que não é preciso negociar, não é preciso que haja acordo (de paz)", assegura o responsável.
"Se romperem o contrato, nós nos sentiremos livres para adotar qualquer medida que nos pareça adequada sem levar em conta o que estipula Oslo", advertiu a fonte.
Lior Ben Dor, um porta-voz das Relações Exteriores, explicou à Agência Efe que esse Ministério enviou um telegrama há poucos dias a todos seus embaixadores pedindo-lhes que transmitam a posição de que "se os palestinos assumirem esta medida (a campanha na ONU ) unilateral que contradiz os acordos de Oslo assinados pelas duas partes, Israel também tomará medidas unilaterais".
O porta-voz, por sua vez, evitou detalhar quais seriam essas medidas e insistiu que a decisão palestina "é uma prova de que eles não querem a reconciliação com Israel, mas dar sequência ao confronto. É evidente que querem pôr Israel em uma situação embaraçosa, encurralar a Israel"
O chefe da diplomacia israelense, Avigdor Lieberman, está estudando diversas represálias aos palestinos pelo recurso palestino à ONU, informou hoje a imprensa local.
Um documento das Relações Exteriores indica que, se os palestinos seguir adiante, a resposta adequada seria "fazer derrubar o presidente Mahmoud Abbas", informou hoje o jornal israelense Yedioth Ahronoth em sua versão online.
Já o Ha'aretz acrescenta que, além da anulação total ou parcial de Oslo, Israel avalia outras represálias, como acabar com a transferência de impostos e tarifas que as autoridades israelenses arrecadam em nome da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - que supõem um 56% de seu orçamento - e cancelar as permissões que milhares de palestinos têm para trabalhar em Israel e nos territórios que controla.
Terra
Nota do blog: Os acordos de Oslo foram uma série de acordos na cidade de Oslo na Noruega entre o governo de Israel e o Presidente da OLP, Yasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton. Assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém. (Fonte: Wikipédia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário