John Kerry (de preto), secretário de
Estado dos Estados Unidos, fala durante encontro dos Amigos da Síria em
Doha, neste sábado (22) onde a questão do conflito sírio foi discutida
Mohammed Dabbous/REUTERS
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Os principais países que apoiam a oposição síria decidiram neste sábado (22) reforçar a ajuda aos rebeldes para equilibrar as forças no terreno antes da conferência de paz em Genebra, sem chegar a um consenso sobre o fornecimento de armas.
Reunidos em Doha, os onze países amigos da Síria, incluindo França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, anunciaram a decisão de enviar "uma ajuda emergencial em material e equipamentos" à rebelião a fim de permitir que se defendam dos "ataques brutais do regime".
Eles indicaram em um comunicado após a reunião, que "toda a ajuda militar será canalizada" pelo Alto Conselho Militar Sírio do Exército Sírio Livre (ESL), principal facção da oposição armada.
Os Amigos da Síria "exigiram" ainda que os "iranianos e o Hezbollah cessem de intervir no conflito sírio".
— O Hezbollah (libanês) desempenhou um papel terrivelmente negativo, principalmente no ataque contra Quousseir. Não concordamos com a internacionalização do conflito. No texto que acabamos de redigir, exigimos que os iranianos e o Hezbollah cessem de intervir neste conflito.
Segundo o primeiro-ministro do Qatar, sheik Hamad ben Jassem Al Thani, o grupo adotou "medidas secretas" para ajudar a rebelião a mudar a situação no terreno.
Al Thani indicou que nove países participantes concordaram em uma ajuda militar ao ESL, mas não apontou quais seriam os dois Estados que não se manifestaram a este respeito.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, pouco antes da abertura da reunião, havia indicado que Londres ainda "não decidiu" armar a rebelião síria.
— Sobre a questão de saber se devemos prestar uma assistência letal para a oposição síria, a posição continua a mesma: ainda não tomamos tal decisão.
Por sua vez, o secretário de Estado americano, Jonh Kerry, declarou que "cada país, a seu modo, aumentará a ajuda à oposição política e militar síria".
Ele considerou que os rebeldes precisam de um apoio que possibilite sua representação na conferência de paz de Genebra 2.
Louai Safi, porta-voz da coalizão de oposição, declarou à Al Jazeera que a única solução (para lutar contra) o regime de Bashar Al Assad é armar o Exército Sírio Livre (ESL) a fim de proteger os civis
"Esperamos uma mudança radical" durante a reunião deste sábado, disse ele, acrescentando que os países árabes presentes na reunião "terão uma posição fundamental" sobre o fornecimento de armas.
Uma fonte diplomática ocidental indicou por sua vez que o chefe do Estado-Maior do ESL, o general Salim Idriss, "apresentou uma lista de demandas de armas que deverá ser discutida na reunião".
O porta-voz do ESL Louai Moqdad havia dito na sexta-feira (21) à AFP que suas tropas receberam recentemente do exterior certa quantidade de armas "modernas", que poderiam "mudar o curso da batalha".
— Nós pedimos treinamento intensivo.
Os rebeldes exigem armas pesadas para proteger áreas civis do poder de fogo do regime, que tenta recuperar redutos rebeldes em Damasco e Aleppo (norte), após retomar o controle, no início de junho e com a ajuda do Hezbollah, da cidade de Qousseir, reduto rebelde estratégico.
Burhan Ghalioun, membro da oposição, confirmou à AFP que a ESL recebeu "armas sofisticadas", citando "um sistema de defesa anti-aérea".
Enquanto a França e os Estados Unidos afirmam que armas químicas têm sido utilizadas na Síria contra os rebeldes, o ministro francês indicou que seu país enviou à oposição síria "medicamentos que podem proteger cerca de mil pessoas" contra o gás sarin supostamente utilizado pelo regime de Bashar al Assad.
Reunidos em Doha, os onze países amigos da Síria, incluindo França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, anunciaram a decisão de enviar "uma ajuda emergencial em material e equipamentos" à rebelião a fim de permitir que se defendam dos "ataques brutais do regime".
Eles indicaram em um comunicado após a reunião, que "toda a ajuda militar será canalizada" pelo Alto Conselho Militar Sírio do Exército Sírio Livre (ESL), principal facção da oposição armada.
Os Amigos da Síria "exigiram" ainda que os "iranianos e o Hezbollah cessem de intervir no conflito sírio".
— O Hezbollah (libanês) desempenhou um papel terrivelmente negativo, principalmente no ataque contra Quousseir. Não concordamos com a internacionalização do conflito. No texto que acabamos de redigir, exigimos que os iranianos e o Hezbollah cessem de intervir neste conflito.
Segundo o primeiro-ministro do Qatar, sheik Hamad ben Jassem Al Thani, o grupo adotou "medidas secretas" para ajudar a rebelião a mudar a situação no terreno.
Al Thani indicou que nove países participantes concordaram em uma ajuda militar ao ESL, mas não apontou quais seriam os dois Estados que não se manifestaram a este respeito.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, pouco antes da abertura da reunião, havia indicado que Londres ainda "não decidiu" armar a rebelião síria.
— Sobre a questão de saber se devemos prestar uma assistência letal para a oposição síria, a posição continua a mesma: ainda não tomamos tal decisão.
Por sua vez, o secretário de Estado americano, Jonh Kerry, declarou que "cada país, a seu modo, aumentará a ajuda à oposição política e militar síria".
Ele considerou que os rebeldes precisam de um apoio que possibilite sua representação na conferência de paz de Genebra 2.
Louai Safi, porta-voz da coalizão de oposição, declarou à Al Jazeera que a única solução (para lutar contra) o regime de Bashar Al Assad é armar o Exército Sírio Livre (ESL) a fim de proteger os civis
"Esperamos uma mudança radical" durante a reunião deste sábado, disse ele, acrescentando que os países árabes presentes na reunião "terão uma posição fundamental" sobre o fornecimento de armas.
Uma fonte diplomática ocidental indicou por sua vez que o chefe do Estado-Maior do ESL, o general Salim Idriss, "apresentou uma lista de demandas de armas que deverá ser discutida na reunião".
O porta-voz do ESL Louai Moqdad havia dito na sexta-feira (21) à AFP que suas tropas receberam recentemente do exterior certa quantidade de armas "modernas", que poderiam "mudar o curso da batalha".
— Nós pedimos treinamento intensivo.
Os rebeldes exigem armas pesadas para proteger áreas civis do poder de fogo do regime, que tenta recuperar redutos rebeldes em Damasco e Aleppo (norte), após retomar o controle, no início de junho e com a ajuda do Hezbollah, da cidade de Qousseir, reduto rebelde estratégico.
Burhan Ghalioun, membro da oposição, confirmou à AFP que a ESL recebeu "armas sofisticadas", citando "um sistema de defesa anti-aérea".
Enquanto a França e os Estados Unidos afirmam que armas químicas têm sido utilizadas na Síria contra os rebeldes, o ministro francês indicou que seu país enviou à oposição síria "medicamentos que podem proteger cerca de mil pessoas" contra o gás sarin supostamente utilizado pelo regime de Bashar al Assad.
R7
DeOlhOnafigueira
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