Novo Código Penal do país decretava prisão para evangelismo ou culto. |
O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu suspender a implantação do novo código penal. Alvo de diversos protestos, o código criminalizava a evangelização. O anúncio foi feito neste domingo (21).
As lideranças cristãs e outros grupo se manifestaram contra a nova lei, já que o código feria a liberdade de expressão. Apesar da medida, Morales deve elaborar outro documento para tentar ganhar o apoio dos movimentos sociais.
Uma das observações é quanto ao artigo 88, que prevê prisão de 7 a 12 anos e reparação econômica para pessoas que, por si ou por terceiros, captem, transportem, desloquem, privem de liberdade, acolham ou recebam pessoas enquadradas por várias finalidades. E, no item 11, é dito que, entre essas finalidades, está o “recrutamento de pessoas para sua participação em conflitos armados ou em organizações religiosas ou de culto”.
O pastor afirma que o novo artigo prejudica sua atuação, “especialmente na ajuda aos necessitados e na restauração de lares disfuncionais”, e afeta também seu trabalho de “atrair, acolher e ajudar as pessoas aprisionadas em vícios como o alcoolismo e a toxicodependência”.
Igrejas se manifestam
Em nota, a Igreja Adventista do Sétimo Dia na Bolívia afirmou que está monitorando a validade do regulamento, em coordenação com a Associação Internacional de Liberdade Religiosa (IRLA). Atualmente, representantes da igreja estão em contato e diálogo com outras organizações públicas e privadas, a fim de analisar os efeitos desta norma legal.
“A Igreja se relaciona com as autoridades nacionais e locais na defesa da liberdade religiosa, com o objetivo de proporcionar um ambiente positivo para o livre exercício desse direito e motiva todas as pessoas a serem defensoras desse princípio. A Igreja percebe com preocupação qualquer ameaça a esse direito humano fundamental”, diz a nota.
Já o coordenador missionário da Junta de Missões Mundiais (JMM), que pertence à Convenção Batista Brasileira, afirmou que está em contato com os líderes evangélicos do país. “ Segundo o próprio presidente da Associação das Igrejas Evangélicas e o presidente da Convenção Batista Boliviana, não se trata de uma perseguição religiosa às atividades das igrejas. O que há é uma preocupação do uso indiscriminado deste destaque quanto às organizações religiosas”, explicou o pastor Ruy Oliveira.
Ele ainda destaca que os missionários no país estão bem, assim como não há qualquer comprometimento das atividades. “Seguimos acompanhando e orando para que as inquietudes sejam esclarecidas e que, de fato, não haja impactos na obra missionária na Bolívia”, disse Ao site da JMM.
Comunhão
DeOlhOnafigueira
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