sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Kerry reafirma: acordo entre israelenses e palestinos sai em abril

Secretário ignora obstáculos apresentados por negociadores e diz que 'pacto deve garantir segurança de Israel e soberania palestina'
 
O secretário de estado americano John Kerry durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, em Israel
O secretário de estado americano John Kerry durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, em Israel (Brian Snyder/Reuters)
Apesar dos obstáculos encontrados nas negociações, o secretário de estado americano John Kerry assegurou nesta sexta-feira que é possível alcançar um acordo de paz entre israelenses e palestinos até o final de abril do ano que vem, seguindo o calendário de nove meses estabelecido na retomada das conversações, e julho. “As duas partes seguem comprometidas em cumprir com sua obrigação de permanecer à mesa e negociar durante o período que havíamos programado”, disse o secretário americano, após visita ao Oriente Médio.

Kerry quer que os dois lados aceitem um acordo estrutural que trate dos principais assuntos, como segurança, o futuro de Jerusalém e o destino de refugiados. Os palestinos temem que um acordo preliminar adie seus planos de estabelecer um estado independente. “Queremos alcançar uma paz baseada na saída de Israel das terras ocupadas em 1967”, disse o negociador palestino Saeb Erekat depois da visita do diplomata americano.

Na quinta-feira, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, rejeitou uma proposta de manter a presença militar israelense na Cisjordânia após um acordo de paz. Jornais árabes e israelenses afirmam que o plano do governo americano prevê a manutenção de militares israelenses na fronteira entre Cisjordânia e Jordânia durante pelo menos uma década. Os palestinos rejeitam qualquer presença militar israelense em seu território depois de um acordo de paz, mas aceitam uma força internacional, opção rejeitada por Israel, que insiste na necessidade de se defender “com suas próprias forças” e alega que a presença de suas tropas é necessária para impedir que armas e militantes entrem pela Cisjordânia para realizar ataques. “Estamos trabalhando em uma aproximação que garanta tanto a segurança de Israel como respeite totalmente a soberania palestina”, disse Kerry, de forma genérica.

Prisioneiros –
Outro ponto questionado pelos palestinos é a libertação do terceiro grupo de presos mantidos em presídios israelenses. Até agora, Israel liberou a metade dos 104 prisioneiros que devem ser libertados como parte do pacto que possibilitou a retomada das negociações de paz – congeladas havia três anos. Kerry afirmou que a libertação do terceiro grupo ocorrerá no dia 29 de dezembro. 
 
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DeOlhOnafigueira

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