segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Netanyahu propõe cerca fronteiriça no Vale do Jordão

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, propôs a construção de uma cerca de separação no Vale do Jordão, território ocupado por Israel em 1967, informou neste domingo o jornal Maariv.
 
De acordo com a publicação, a decisão responde, entre outras razões, à necessidade de "fixar a fronteira de Israel", e acontece em meio à aparente estagnação nas negociações entre israelenses e palestinos desde o final de julho.

Neste sentido, Netanyahu deve instruir os organismos competentes para que iniciem o processo de construção da barreira imediatamente depois que seja completada uma similar na fronteira com o Egito, em torno da cidade de Eilat, aponta o rotativo. O chefe do Executivo israelense ordenou, além disso, que se acelere a construção de uma cerca de separação nas Colinas de Golã.

Entre as razões alegadas para a construção destas novas barreiras aponta-se o fluxo de refugiados do conflito sírio, cerca de 700 mil pessoas, que se deslocaram à Jordânia e que poderiam tentar entrar na Cisjordânia e em Israel. Mas a segunda causa, segundo o jornal, é fechar a fronteira de Israel e com isso enviar uma mensagem à liderança palestina, que rejeita qualquer presença israelense no Vale do Jordão.

Netanyahu reiterou em várias ocasiões que Israel nunca se retirará totalmente dessa faixa no caso de um acordo de paz com os palestinos e esgrime considerações de segurança, um enfoque que alguns analistas consideram inadequado.

Fontes oficiais palestinas que preferiram não ser identificadas disseram que a posição da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é a de não aceitar contingentes militares israelenses no Vale, apesar de não descartar que sejam forças internacionais as que controlem a área.

Enquanto isso, espera-se que o secretário de Estado americano, John Kerry, chegue a Israel na próxima terça-feira, segundo a imprensa local, com o objetivo de fazer avançar o processo negociador.
 
Terra
DeOlhOnafigueira

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