Secretário de Estado norte-americano John Kerry anunciou neste fim de semana a retomada das negociações entre israelenses e palestinos
Ativista segura bandeira palestina no vilarejo de Beit Iksa, na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém |
A imagem indica tanto o seu feito quanto seu desafio. Poucos teriam apostado no êxito de Kerry quando ele começou os contatos há quase seis meses para reiniciar o diálogo. Contudo, ao anunciar a conquista, nem palestinos nem israelenses estavam ao seu lado.
Numa aparição curta no aeroporto internacional da Jordânia, Kerry disse à imprensa que israelenses e palestinos tinham estabelecido as bases para retomar negociações diretas.
Embora reconhecesse que o acordo ainda estava sendo "formalizado", ele declarou que se tudo saísse como esperado os negociadores dos dois lados recomeçariam o diálogo em Washington nos próximos dias.
A aparição solitária de Kerry, depois de quatro dias de conversas diretas com autoridades palestinas e contatos telefônicos com os israelenses, pode simplesmente ser o reflexo de um período específico: Ramadã, para os muçulmanos, e o Sabá, dos judeus.
No entanto, uma autoridade norte-americana disse que a aparição solitária pode também ser vista como um sinal de que nem israelenses nem palestinos estão de fato comprometidos com a retomada do diálogo como o secretário de Estado dos EUA.
"De certa forma, o anúncio reflete o quanto os dois lados estão investindo nisso e o quanto eles estão dispostos a correr riscos. Aparentemente, não muito", declarou a autoridade, sob condição de anonimato.
Exame
DeOlhOnafigueira
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