Os militares russos e chineses desenvolveram os planos para as manobras antiterroristas conjuntas Missão de Paz 2013, que se irão realizar, de 27 de julho a 15 de agosto, em polígonos militares russos da Região Militar do Centro. O Estado-Maior irá integrar 60 oficiais russos e chineses.
Os exercícios de Tática Geral e de Estado-Maior terminarão com uma operação terrestre com a participação de mais de 1500 militares. Suas operações de combate a uma ameaça terrorista serão apoiadas por um destacamento aéreo conjunto.
Os exercícios Missão de Paz se realizam desde 2003. Este ano, os treinos da Rússia e da China para melhorar as táticas de combate a ameaças terroristas serão os mais prolongados e terão uma duração de 20 dias. Será a primeira vez que os treinos se irão realizar depois das grandes manobras russo-chinesas, que terminaram a 9 de julho, perto de Vladivostok.
A Missão de Paz irá aumentar o papel da Rússia como grande potência militar, diz o major-general na reserva, Vladimir Dvorkin, perito da Academia das Ciências Russa:
"Do ponto de vista geopolítico, é a importante a participação da Rússia em manobras militares internacionais. Dessa forma, ela adapta suas tropas para uma atuação conjunta com as forças armadas de outros países. É evidente que as manobras evidenciam o reforço das ligações com o nosso vizinho oriental. A China ambiciona ocupar o primeiro ou o segundo lugar do mundo por seu poderio global econômico, financeiro e também militar. As manobras militares são realizadas sob o lema das operações antiterroristas, mas sua escala supera, em grande parte, as forças necessárias para combater terroristas".
As manobras Missão de Paz suscitam inevitavelmente um grande interesse e preocupação por parte dos peritos dos EUA e do Ocidente em geral. O vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, explica da seguinte forma o grande interesse do Ocidente pelas manobras russo-chinesas:
Pavel Kamennov, perito do Instituto do Extremo Oriente, discorda. Na sua opinião, todas conversas no Ocidente acerca de uma possível aliança russo-chinesa têm exclusivamente como objetivo alimentar a tese sobre a "ameaça chinesa":
"Não existe uma aliança militar entre a Rússia e a China, isso nunca esteve em questão. Cada país é completamente autônomo na execução de sua política militar, incluindo a luta antiterrorista. Outra questão é Moscou e Pequim coordenarem as suas ações. Mas não existe uma aliança militar obrigatória e rígida e as partes não manifestam a intenção de a criar".
As manobras Missão de Paz irão ser realizadas em três etapas: a disposição das tropas no terreno, o planejamento das operações e as operações de combate propriamente ditas. Ainda não foram divulgadas quaisquer informações sobre possíveis convites dirigidos a observadores estrangeiros para assistir a estas manobras.
A Missão de Paz irá aumentar o papel da Rússia como grande potência militar, diz o major-general na reserva, Vladimir Dvorkin, perito da Academia das Ciências Russa:
"Do ponto de vista geopolítico, é a importante a participação da Rússia em manobras militares internacionais. Dessa forma, ela adapta suas tropas para uma atuação conjunta com as forças armadas de outros países. É evidente que as manobras evidenciam o reforço das ligações com o nosso vizinho oriental. A China ambiciona ocupar o primeiro ou o segundo lugar do mundo por seu poderio global econômico, financeiro e também militar. As manobras militares são realizadas sob o lema das operações antiterroristas, mas sua escala supera, em grande parte, as forças necessárias para combater terroristas".
As manobras Missão de Paz suscitam inevitavelmente um grande interesse e preocupação por parte dos peritos dos EUA e do Ocidente em geral. O vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, explica da seguinte forma o grande interesse do Ocidente pelas manobras russo-chinesas:
"Isso é natural e é lógico, eles estão preocupados com a formação de uma parceria russo-chinesa. Até o momento, ela era puramente econômica, mas agora se está transformando em político-militar . Por um lado, temos as novas tecnologias russas na aviação e na construção naval, mísseis, o potencial nuclear russo e os recursos russos, e por outro – o empenho, a população, a tenacidade e a expansão demográfica da China. É uma força monstruosa. Claro que o Ocidente está muito preocupado com esse aspeto do desenvolvimento das relações russo-chinesas. Isso coloca, em princípio, sob ameaça o domínio do Ocidente sobre o resto do mundo".Será que, neste caso, se pode tratar de uma aliança militar? Konstantin Sivkov considera que a parceria se pode transformar em qualquer coisa. Tudo depende da situação geopolítica no mundo. Não utilizando a palavra "aliança", o perito não excluiu, porém, a possibilidade de uma criação, no futuro, de um bloco político-militar de Moscou com Pequim.
Pavel Kamennov, perito do Instituto do Extremo Oriente, discorda. Na sua opinião, todas conversas no Ocidente acerca de uma possível aliança russo-chinesa têm exclusivamente como objetivo alimentar a tese sobre a "ameaça chinesa":
"Não existe uma aliança militar entre a Rússia e a China, isso nunca esteve em questão. Cada país é completamente autônomo na execução de sua política militar, incluindo a luta antiterrorista. Outra questão é Moscou e Pequim coordenarem as suas ações. Mas não existe uma aliança militar obrigatória e rígida e as partes não manifestam a intenção de a criar".
As manobras Missão de Paz irão ser realizadas em três etapas: a disposição das tropas no terreno, o planejamento das operações e as operações de combate propriamente ditas. Ainda não foram divulgadas quaisquer informações sobre possíveis convites dirigidos a observadores estrangeiros para assistir a estas manobras.
Voz da Rússia
DeOlhOnafigueira
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