Secretário-geral da Organização para a Cooperação Islâmica, Iyad Madani |
A visita do líder da organização, que reúne 57 países, acontece num momento sensível, após meses de tensões e violência por causa da localização do templo, uma área sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém, embora a
Madani é cidadão da Arábia Saudita, país que não tem relações diplomáticas com Israel, mas que atua como guardião dos locais mais importantes para o Islã. A mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado para o Islã, depois de Meca e Medina, cidades que ficam em território saudita.
"Vir à mesquita é um direito para mim e para todos os muçulmanos", declarou Madani. "É nosso direito vir aqui e orar aqui. Nenhuma autoridade de ocupação deve tirar este direito de nós."
Israel tomou Jerusalém Oriental, o que inclui a Cidade Velha, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou a área, medida que não é reconhecida internacionalmente. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de seu futuro Estado, mas Israel afirma que não permitirá que a cidade seja dividida.
A colina onde está a mesquita está no centro de uma disputa. Conhecida pelos judeus como Monte do Templo e como Nobre Santuário pelos muçulmanos, o local é o mais sagrado para o judaísmo, pois é reverenciado como a localização de antigos templos hebreus. Apesar disso, segundo a ortodoxia judaica, os judeus não devem ir até lá.No ano passado, as visitas de judeus nacionalistas deram origem a rumores de que Israel estaria planejando assumir o controle da área. Israel negou as afirmações, mas as tensões levaram a violentos protestos palestinos. Israel restringiu o acesso de muçulmanos à colina e uma série de ataques palestinos resultou na morte de 11 pessoas.
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