Israel teria recebido mensagem dizendo que grupo não quer conflito.
Veículos pegando fogo são vistos perto da aldeia de Ghajar, na fronteira de Israel com o Líbano. Um ataque com mísseis do Hezbollah feriu 4 soldados israelenses, o maior ataque a forças israelenses pelo grupo libanês desde a guerra de 34 dias em 2006 (Foto: Maruf Khatib/Reuters) Enterros |
Israel e o Hezbollah deram sinais nesta quinta-feira (29) de que seu raro confronto na fronteira entre o Estado judeu e o Líbano terminou depois que os guerrilheiros libaneses mataram dois soldados israelenses em retaliação a um ataque aéreo mortífero na Síria na semana passada.
Israel disse ter recebido uma mensagem da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (Unifil, na sigla em inglês) dizendo que o grupo islâmico Hezbollah não está interessado em uma escalada no conflito.
Em Beirute, uma fonte libanesa a par da situação disse à Reuters que Israel informou ao Hezbollah através da Unifil que “irá lidar com o que aconteceu ontem e que não quer que a batalha se expanda”.
Indagado na Rádio do Exército israelense se o Hezbollah procurou frear o combate, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, afirmou: “Há linhas de coordenação entre nós e o Líbano via Unifil e tal mensagem de fato foi recebida do Líbano”.
Uma saraivada de mísseis teleguiados do Hezbollah matou um major de infantaria e um recruta israelenses quando eles circulavam em veículos civis sem identificação ao longo da divisa libanesa na quarta-feira.
Em seguida, Israel lançou uma ofensiva áerea e de artilharia, e um soldado espanhol da tropa pacificadora da Organização das Nações Unidas (ONU) foi morto. O embaixador da Espanha na ONU culpou os disparos israelenses por sua morte.
Foi o embate mais violento na fronteira desde 2006, quando Hezbollah e Israel lutaram durante 34 dias. A divisa estava tranquila nesta quinta-feira, embora a mídia libanesa tenha relatado sobrevoos de drones (aeronaves não tripuladas) da Força Aérea israelense.
Os dois lados parecem compartilhar o interesse em evitar um aprofundamento da violência. O Hezbollah está ocupado ajudando Damasco na guerra civil síria, e o nível de destruição no Líbano durante o conflito de 2006, que terminou em um impasse, também pode estar sendo levado em conta.
Centenas de pessoas, incluindo soldados da brigada Givati, acompanharam o enterro do capitão Yochai Kalangel, de 25 anos, no cemitério militar do monte Herzl, em Jerusalém.
O capitão Kalangel, promovido a comandante a título póstumo, morreu na quarta-feira ao lado do sargento Dor Chaim Nini na explosão de mísseis lançados contra um comboio da brigada Givati perto de Ghajar, na área ocupada das fazendas de Shebaa, na tríplice fronteira de Israel, Síria e Líbano. Sete soldados foram feridos.
Chaim Nini, 20 anos, promovido a sargento-chefe, será sepultado durante a tarde em Shtulim, perto de Ashdod.
Os militares foram vítimas de pelo menos cinco mísseis, segundo a imprensa israelense.
O capitão Kalangel, promovido a comandante a título póstumo, morreu na quarta-feira ao lado do sargento Dor Chaim Nini na explosão de mísseis lançados contra um comboio da brigada Givati perto de Ghajar, na área ocupada das fazendas de Shebaa, na tríplice fronteira de Israel, Síria e Líbano. Sete soldados foram feridos.
Chaim Nini, 20 anos, promovido a sargento-chefe, será sepultado durante a tarde em Shtulim, perto de Ashdod.
Os militares foram vítimas de pelo menos cinco mísseis, segundo a imprensa israelense.
DeOlhOnafigueira
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