Militantes do Hamas participam de um protesto contra Israel |
Ainda segundo a ASI, as matrizes do Hamas na Turquia organizam os ataques contra alvos israelenses e palestinos, para alterar ânimos e usar a instabilidade para dar um golpe militar, derrubando o governo de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.
De acordo com o jornal The Jerusalem Post, o Hamas conta com o apoio de grupos da Jordânia, que enviam dinheiro aos militantes pelo correio. Segundo a investigação, o grupo tem pelo menos R$ 1 milhão e 300 mil (dois milhões de shekels novo, a moeda israelense). O dinheiro é utilizado para comprar armas e casas, que são usadas como esconderijos.
Segundo informação da ASI, 93 membros do Hamas estão sob custódia de Israel e 46 já foram interrogados. As forças de segurança pretendem indiciar outros 70 suspeitos.
Desde o início da investigação, o ASI já apreendeu 30 armas de fogo, sete lançadores de foguetes e grandes quantidades de dinheiro e munição. Para os peritos, Salah Al Aruri, o líder do Hamas, é o responsável por toda essa infraestrutura.
Segundo a investigação, a mobilização do Hamas começou em 2010, depois de Al Aruri deixar a prisão e recrutrar o motorista, Riad Nasser para atuar na Cisjordânia. Nasser já era um sênior do grupo.
Ele já cumpriu diversas penas por terrorismo e no fim de 2013, a ASI passou a considerar o suposto envolvimento de Nasser com uma rede de células do Hamas.
"Essa rede se estende desde Jenin, no norte de Hebron, até o sul. Ela é uma das maiores que já vimos na Judeia e Samaria desde a formação do Hamas em 1987. Eles planejam realizar um golpe de Estado e derrubar a Autoridade Palestina", disse uma fonte do ASI em entrevista coletiva.
Khaled Mashaal, outro líder do Hamas, estava ciente da trama, de acordo com as fontes do ASI.
— Os terroristas planejavam minar a segurança e lançar uma terceira intifada. Eles planejavam distúrbios no Monte do Templo para irritar as massas. Queriam que as conversações entre Israel e Autoridade Palestina entrassem em colapso.
Durante o interrogatório, Nasser teria dito que os agentes trabalhavam de acordo com um plano elaborado Al Aruri. Ele disse ainda que o Hamas recrutou muitos civis, inclusive estudantes e acadêmicos, principalmente os que atuam na área da engenharia e da química.
Um dos suspeitos presos é Majdi Mafarja, que é doutor em computação. Ele também aprendeu criptografia de mensagens e foi treinado por hackers, conforme informa a ASI. Além de Mafarja, dezenas de membros do Hamas, envolvidos com essa suposta rede, já estão presos.
"A exposição dessa infraestrutura, uma das maiores que já encontramos, mostra o grande perigo representado por bases exteriores do Hamas", disse o ASI, em um comunicado.
R7
DeOlhOnafigueira
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