A prática do nudismo tem crescido entre evangélicos, mas não apenas nos locais destinados aos encontros sociais sem roupa, como praias, por exemplo, mas também em templos – sim, durante os cultos – e em reuniões de leitura da Bíblia e oração.
Autodenominados “naturistas cristãos”, os adeptos do nudismo entre os evangélicos não surgiram no Brasil, mas já se espalham pelas terras tupiniquins, e se organizam em comunidade.
“Somos um grupo de cristãos de diferentes igrejas que descobriram na prática naturista uma forma de desenvolvimento pessoal, de comunhão mais profunda ou, em alguns casos, apenas uma saudável opção de lazer.
“Somos um grupo de cristãos de diferentes igrejas que descobriram na prática naturista uma forma de desenvolvimento pessoal, de comunhão mais profunda ou, em alguns casos, apenas uma saudável opção de lazer.
Apesar do direcionamento predominantemente evangélico estamos abertos a cristãos de todas as correntes, já que não acreditamos na discriminação. Assim como o cristianismo, o naturismo também não se restringe a grupos sociais específicos, sendo composto por pessoas das mais diferentes profissões, níveis de escolaridade, faixas etárias e classes sociais. Naturistas aprendem a enxergar o outro além dos rótulos”, definem-se os integrantes desse movimento, segundo informações do Genizah.
Um dos integrantes do movimento de nudismo é Estevão Prestes, que já foi expulso de uma congregação da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) por conta dos hábitos de orar nu, e hoje frequenta uma Igreja Presbiteriana.
“Quando meus hábitos foram descobertos, fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral”, relembra Estevão, antes de dizer que atualmente sofre menos repudio: “Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem me aceitam”.
O comerciante Carlos Moreira deixa clara sua convicção na prática do nudismo como uma coisa natural: “Não me considero um pecador. Na minha vida, o naturismo antecedeu a religião. Fico nu há 15 anos, desde que fui à Praia de Trancoso, na Bahia. Já freqüentei Abricó e gosto da Praia Olho de Boi. Há sete anos, eu me tornei evangélico. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo”.
Entre os argumentos favoráveis à prática do nudismo, está a ideia de que o pecado reside na intenção: “Detesto roupas, o que não quer dizer que eu não tenha Deus no coração. Imoral é o que se faz de sujo com o corpo”, diz o programador Nelci Rones Pereira de Sousa, membro de uma Igreja Batista, mas afastado da congregação. “Não sofri nenhuma crítica. É pura falta de tempo mesmo”, diz, sobre o fato de não frequentar mais os cultos.
A prática vem se espalhado inclusive através de vídeos – e com adesão até de igrejas pentecostais – e os adeptos dizem sentir a presença de Deus nas reuniões: “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”, diz uma pastora que preferiu manter-se anônima.
O líder de uma igreja nos Estados Unidos que realiza cultos nudistas defende a prática como uma expressão sintetizada dos princípios cristãos: “Todos os frequentadores de nossa igreja são apenas seres humanos. Sem riqueza pessoal ou aparência glamorosa, todas as pessoas são iguais”, argumenta o pastor Allen Parker, que prega também prega nu.
Um dos integrantes do movimento de nudismo é Estevão Prestes, que já foi expulso de uma congregação da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) por conta dos hábitos de orar nu, e hoje frequenta uma Igreja Presbiteriana.
“Quando meus hábitos foram descobertos, fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral”, relembra Estevão, antes de dizer que atualmente sofre menos repudio: “Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem me aceitam”.
O comerciante Carlos Moreira deixa clara sua convicção na prática do nudismo como uma coisa natural: “Não me considero um pecador. Na minha vida, o naturismo antecedeu a religião. Fico nu há 15 anos, desde que fui à Praia de Trancoso, na Bahia. Já freqüentei Abricó e gosto da Praia Olho de Boi. Há sete anos, eu me tornei evangélico. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo”.
Entre os argumentos favoráveis à prática do nudismo, está a ideia de que o pecado reside na intenção: “Detesto roupas, o que não quer dizer que eu não tenha Deus no coração. Imoral é o que se faz de sujo com o corpo”, diz o programador Nelci Rones Pereira de Sousa, membro de uma Igreja Batista, mas afastado da congregação. “Não sofri nenhuma crítica. É pura falta de tempo mesmo”, diz, sobre o fato de não frequentar mais os cultos.
A prática vem se espalhado inclusive através de vídeos – e com adesão até de igrejas pentecostais – e os adeptos dizem sentir a presença de Deus nas reuniões: “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”, diz uma pastora que preferiu manter-se anônima.
O líder de uma igreja nos Estados Unidos que realiza cultos nudistas defende a prática como uma expressão sintetizada dos princípios cristãos: “Todos os frequentadores de nossa igreja são apenas seres humanos. Sem riqueza pessoal ou aparência glamorosa, todas as pessoas são iguais”, argumenta o pastor Allen Parker, que prega também prega nu.
Do contra
Porém, não são todos os que consideram a prática do nudismo como algo aceitável. Uma comunidade dedicada a responder dúvidas de fiéis, GotQuestions, publicou um artigo dizendo que a Bíblia repudia a prática.
“Embora os padrões do mundo possam autorizar ou até mesmo incentivar a nudez, a Bíblia tem uma perspectiva diferente. É verdade que os primeiros seres humanos foram criados despidos por Deus (Gênesis 2:25). Adão e Eva eram inocentes em sua nudez, mas, depois da queda, tudo mudou. Quando eles pecaram, “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus” (Gn 3:7). Nunca antes eles perceberam que estavam nus, e os conceitos de “vestido” e “despido” eram sem sentido para eles. O pecado afetou seus corações e mentes, criando vulnerabilidade, culpa e vergonha, e estas coisas produziram medo (versículo 10). Em sua tentativa de cobrir sua vergonha espiritual, Adão e Eva cobriram intuitivamente seus corpos. Devemos notar que, quando Deus tirou as folhas de figueira, substituiu-a com algo mais permanente como peles de animais (versículo 21). Assim, Deus considera como necessário o uso de roupas adequadas neste mundo caído”, diz o texto.
O artigo que argumenta contra a prática ainda acrescenta que a “nudez agora tem implicações pecaminosas ligadas a ela”, e acrescenta que “com poucas exceções, a Bíblia apresenta a nudez como algo vergonhoso e degradante (Gênesis 9:21; Êxodo 20:26; 32:25, 2 Crônicas 28:19, Isaías 47:3, Ezequiel 16:35-36, Lucas 8:27; Apocalipse 3:17, 16:15; 17:16). As únicas passagens em que a nudez é livre de vergonha são aqueles que descrevem o cenário idílico do Éden ou que lidam com relações conjugais (Provérbios 5:18-19; Cantares de Salomão 4)”.
O artigo que argumenta contra a prática ainda acrescenta que a “nudez agora tem implicações pecaminosas ligadas a ela”, e acrescenta que “com poucas exceções, a Bíblia apresenta a nudez como algo vergonhoso e degradante (Gênesis 9:21; Êxodo 20:26; 32:25, 2 Crônicas 28:19, Isaías 47:3, Ezequiel 16:35-36, Lucas 8:27; Apocalipse 3:17, 16:15; 17:16). As únicas passagens em que a nudez é livre de vergonha são aqueles que descrevem o cenário idílico do Éden ou que lidam com relações conjugais (Provérbios 5:18-19; Cantares de Salomão 4)”.
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