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Aumentaram os temores nesta terça-feira sobre a possibilidade de uma corrida armamentista na Síria, um dia depois de a União Europeia (UE) ter decidido deixar de lado seu embargo para o envio de armas para os rebeldes que lutam contra o regime do presidente Bashar Assad e no mesmo dia em que a Rússia divulgou que tem um contrato para a venda de sofisticados mísseis antiaéreos para o governo sírio. Também nesta terça-feira, Israel ameaçou atacar as remessas do sistema de defesa antiaérea russos se eles forem entregues à Síria.
Cada uma dessas situações pode elevar significativamente o poder de fogo da guerra civil que já dura mais de dois anos e matou mais de 70 mil pessoas em território sírio, além de ter desalojado centenas de milhares. As informações foram divulgadas também no momento em que Estados Unidos e Rússia se preparam para a realização de uma grande conferência em Genebra, em junho. Diplomatas afirmam que o encontro é a melhor forma de encerrar o derramamento de sangue sob o regime de Bashar Assad.
A Rússia, aliada do governo sírio, criticou a decisão da UE e reconheceu que vende mísseis antiaéreos para a Síria. Israel advertiu que está preparado para atacar qualquer carregamento de armamentos da Rússia para o governo de Assad. A UE continuou a mostrar as divisões entre seus 27 membros sobre o envio de armas para os rebeldes, enquanto os dois lados do confronto também fizeram suas declarações sobre a decisão.
Analistas, porém, disseram que a medida tomada pela UE terá pouco impacto sobre os combates.
A França e o Reino Unido, que consideram a hipótese em enviar equipamentos militares para os rebeldes, esperam que a decisão do bloco ajude a levar os dois lados para a mesa de negociações em Genebra.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o governo de Barack Obama saudou a ação da UE, mas indicou que os EUA continuam a se opor ao envio de armas para os rebeldes sírios. Carney afirmou também que o fato de a Rússia vender armas não aproxima a Síria para a desejada transição política.
Em Moscou, no entanto, o vice-ministro de Relações Exteriores Sergei Ryabkov declarou que a decisão da UE vai prejudicar as perspectivas para as negociações em Genebra. Ele também confirmou, nesta terça-feira, que a Rússia assinou um contrato com o governo Assad para fornecer modernos mísseis de defesa S-300, que segundo ele são importantes para evitar uma intervenção militar no país.
O ministro de Defesa russo, Serguei Lavrov, criticou a decisão dos países da UE. Ele disse a meios de comunicação russos que durante as negociações em Paris, com o secretário de Estado norte-americano John Kerry, expressou os temores russos a respeito de "uma série de ações" envolvendo poderes ocidentais que "estão prejudicando a ideia da conferência" de paz em Genebra.
Lavrov também disse que a medida adotada pela UE foi uma "decisão ilegítima" e disse que discussões oficiais sobre o apoio a grupos não-governamentais, como o envio de armas, "vai contra todas as normas da lei internacional", o que inclui a não interferência em assuntos internos de um país.
O Ministério de Relações Exteriores da Síria criticou a decisão da UE como "uma flagrante violação das leis internacionais e convenções da ONU". Em comunicado, o Ministério disse que a medida expressa o "escárnio" da Europa quando fala em apoio a uma solução política para a crise síria tendo como base o diálogo, ao mesmo tempo em que "encoraja terroristas e amplia suas ações com armas".
Israel tem pressionado Moscou a não ir adiante com a entrega dos S-300, temendo que os mísseis caiam nas mãos de grupos hostis como o Hezbollah. O ministro de Defesa Moshe Yaalon declarou nesta terça-feira que Israel acredita que os mísseis russos ainda não foram enviados, mas acrescentou que o Exército israelense "saberá o que fazer" no caso do envio do armamento.
Ryabkov disse que a Rússia entende os temores de outros países em relação ao fornecimento dessas armas para a Síria, mas que o país acredita que elas podem "ajudar a conter algumas cabeças quentes, considerando a dimensão internacional deste conflito".
Uma autoridade do Ministério de Relações Exteriores britânico declarou, a respeito do comentário russo: "nós deixamos claro que não temos intenção de fornecer armas à Síria. Ao mesmo tempo, a Rússia reconheceu publicamente que envia armas para o regime de Assad. Obviamente nós desaprovamos fortemente a continuidade da venda de armas para o regime." Louay Safi, importante figura do principal grupo de oposição sírio, a Coalizão Nacional Síria, disse que a decisão da UE de deixar o embargo de armas é um "passo positivo". Falando de Istambul, onde a oposição tem realizado negociações, ele advertiu que qualquer atraso na decisão de enviar armas significa mais mortes de civis sírios.
A Rússia, aliada do governo sírio, criticou a decisão da UE e reconheceu que vende mísseis antiaéreos para a Síria. Israel advertiu que está preparado para atacar qualquer carregamento de armamentos da Rússia para o governo de Assad. A UE continuou a mostrar as divisões entre seus 27 membros sobre o envio de armas para os rebeldes, enquanto os dois lados do confronto também fizeram suas declarações sobre a decisão.
Analistas, porém, disseram que a medida tomada pela UE terá pouco impacto sobre os combates.
A França e o Reino Unido, que consideram a hipótese em enviar equipamentos militares para os rebeldes, esperam que a decisão do bloco ajude a levar os dois lados para a mesa de negociações em Genebra.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o governo de Barack Obama saudou a ação da UE, mas indicou que os EUA continuam a se opor ao envio de armas para os rebeldes sírios. Carney afirmou também que o fato de a Rússia vender armas não aproxima a Síria para a desejada transição política.
Em Moscou, no entanto, o vice-ministro de Relações Exteriores Sergei Ryabkov declarou que a decisão da UE vai prejudicar as perspectivas para as negociações em Genebra. Ele também confirmou, nesta terça-feira, que a Rússia assinou um contrato com o governo Assad para fornecer modernos mísseis de defesa S-300, que segundo ele são importantes para evitar uma intervenção militar no país.
O ministro de Defesa russo, Serguei Lavrov, criticou a decisão dos países da UE. Ele disse a meios de comunicação russos que durante as negociações em Paris, com o secretário de Estado norte-americano John Kerry, expressou os temores russos a respeito de "uma série de ações" envolvendo poderes ocidentais que "estão prejudicando a ideia da conferência" de paz em Genebra.
Lavrov também disse que a medida adotada pela UE foi uma "decisão ilegítima" e disse que discussões oficiais sobre o apoio a grupos não-governamentais, como o envio de armas, "vai contra todas as normas da lei internacional", o que inclui a não interferência em assuntos internos de um país.
O Ministério de Relações Exteriores da Síria criticou a decisão da UE como "uma flagrante violação das leis internacionais e convenções da ONU". Em comunicado, o Ministério disse que a medida expressa o "escárnio" da Europa quando fala em apoio a uma solução política para a crise síria tendo como base o diálogo, ao mesmo tempo em que "encoraja terroristas e amplia suas ações com armas".
Israel tem pressionado Moscou a não ir adiante com a entrega dos S-300, temendo que os mísseis caiam nas mãos de grupos hostis como o Hezbollah. O ministro de Defesa Moshe Yaalon declarou nesta terça-feira que Israel acredita que os mísseis russos ainda não foram enviados, mas acrescentou que o Exército israelense "saberá o que fazer" no caso do envio do armamento.
Ryabkov disse que a Rússia entende os temores de outros países em relação ao fornecimento dessas armas para a Síria, mas que o país acredita que elas podem "ajudar a conter algumas cabeças quentes, considerando a dimensão internacional deste conflito".
Uma autoridade do Ministério de Relações Exteriores britânico declarou, a respeito do comentário russo: "nós deixamos claro que não temos intenção de fornecer armas à Síria. Ao mesmo tempo, a Rússia reconheceu publicamente que envia armas para o regime de Assad. Obviamente nós desaprovamos fortemente a continuidade da venda de armas para o regime." Louay Safi, importante figura do principal grupo de oposição sírio, a Coalizão Nacional Síria, disse que a decisão da UE de deixar o embargo de armas é um "passo positivo". Falando de Istambul, onde a oposição tem realizado negociações, ele advertiu que qualquer atraso na decisão de enviar armas significa mais mortes de civis sírios.
Associated Press
DeOlhOnafigueira
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