domingo, 25 de maio de 2014

OMS afirma que os antibióticos já não tem efeito contra atuais infecções e micróbios. Oceano seria a solução

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Um grande perigo paira sobre toda a humanidade. A Organização Mundial de Saúde apresentou um relatório onde se afirma que os antibióticos já não têm efeito contra as atuais infecções e micróbios.

São dados recolhidos em 114 países de todos os continentes, assinalou Keiji Fukuda, vice-diretor-geral da Organização Mundial de Saúde:

“Não se trata simplesmente de um problema regional, próprio só de países pobres e desenvolvidos, ou apenas de países desenvolvidos ricos. É uma tendência geral para todos os países do mundo”.

Os autores do relatório da Organização Mundial de Saúde apresentam fatos de que, em alguns países, mais de metade dos pacientes já não reagem aos antibióticos. Trata-se de bactérias que provocam pneumonia, diarreia, infecção do sangue.

Há muitos anos que os cientistas russos falaram do fim da era dos antibióticos, outrora considerados uma panaceia para uma série de doenças. Eles preveniram que não se pode recorrer aos antibióticos depois do primeiro espirro. Ocorre a habituação, as bactérias e os micróbios adaptam-se e adquirem formas mais perigosas.

Mas essa não é a única causa da atual ineficácia dos antibióticos. Segundo se assinala no relatório da OMS, antibióticos são utilizados na indústria alimentar e pecuária nos EUA, Austrália, Nova Zelândia e outros países para acelerar o crescimento do gado e aves. Na Europa, semelhante emprego foi limitado em 2001. Mas é impossível travar esse processo.

Os cientistas russos propõem que se procure a salvação no oceano. Andrei Adrianov, diretor do Instituto de Biologia do Mar em Vladivostok, considera que 80% dos antibióticos conhecidos já não funcionam, porque as suas substâncias têm, fundamentalmente, origem terrestre. Mas é precisamente o oceano que pode dar à humanidade uma hipótese de salvação.

Hoje, químicos e biólogos marinhos russos dedicam-se fundamentalmente à procura de substâncias marinhas, declara Valentin Sotkin, diretor do Instituto de Química Bio-orgánica do Oceano Pacífico:

“Nos últimos anos, foram descobertas centenas de substâncias fisiologicamente ativas, e só muito poucas se tornaram substâncias ativas de medicamentos”.

A criação de um medicamento eficaz com contra-indicações estudadas necessita de 20-30 anos de trabalho.

Por isso, hoje, em Vladivostok lança-se a base de produção de medicamentos experimentais de origem marinha. Cria-se uma linha de extração de algas cinzentas e vermelhas.

Isso corresponde aos apelos da Organização Mundial de Saúde que, atualmente, pede aos farmacêuticos para criar, o mais rapidamente possível, novos medicamentos eficazes para substituir remédios praticamente inúteis. Caso contrário, as pessoas poderão morrer devido a um banal arranhão ou intoxicação alimentar.

Voz da Rússia
DeOlhOnafigueira


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