Nas ruas de Damasco, o acordo sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio provocou alívio, e, principalmente, fez nascer a esperança de que o entendimento entre americanos e russos seja duradouro para pôr fim à guerra devastadora na Síria.
Neste domingo, a atmosfera era mais tranquila na escola Jardim da Liberdade, no bairro de classe alta de Abou Roummané.
"Não tenho mais medo pelas crianças porque agora que a tensão diminuiu e que a guerra não ameaça mais, a vida voltou ao normal", afirma Hala Tabaa, diretora do estabelecimento de ensino.
"Estamos muito mais tranquilos. Que Deus acalme as mentes deles para que não façam mal a ninguém. Mas o barulho das bombas ainda deixa minhas duas filhas com medo", diz Kholoud al-Masri.
Neste domingo, a atmosfera era mais tranquila na escola Jardim da Liberdade, no bairro de classe alta de Abou Roummané.
"Não tenho mais medo pelas crianças porque agora que a tensão diminuiu e que a guerra não ameaça mais, a vida voltou ao normal", afirma Hala Tabaa, diretora do estabelecimento de ensino.
"Estamos muito mais tranquilos. Que Deus acalme as mentes deles para que não façam mal a ninguém. Mas o barulho das bombas ainda deixa minhas duas filhas com medo", diz Kholoud al-Masri.
"Estamos agora com mais esperança depois desse acordo. Talvez possamos acabar com o terrorismo e com os problemas pelos quais não somos responsáveis", diz Mouna Ibo em seu salão de beleza.
Ela disse que abriu o seu salão "Beautiful World há um mês e meio", apesar da guerra que devasta o país e já deixou mais de 110.000 mortos em dois anos e meio, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
"Desejo que a Síria se recupere e que nós possamos trabalhar e continuar a existir", acrescenta a esteticista.
No terraço do café vizinho, Azem, de 40 anos, está sentado em uma mesa com sua esposa e seus dois filhos. "Rezamos a Deus para que uma solução seja encontrada para o nosso problema", disse, acrescentando que "este acordo (russo-americano) é uma boa coisa".
"O presidente (Vladimir) Putin fez a Rússia voltar a ser um grande país, que domina novamente o mundo", considera. Este bancário quer acreditar que "o acordo vai dar certo porque os sírios morrem e sofrem, enquanto a economia está ruim".
Os Estados Unidos, que apoiam a rebelião síria, e a Rússia, país aliado do regime Assad, conseguiram chegar a um acordo no sábado sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, com a possibilidade de medidas vinculantes.
Esse acordo, saudado pelo ministro sírio da Reconciliação Ali Haidar, afasta a ameaça de uma ofensiva preparada por Washington para "punir" o regime Assad, acusado de ter efetuado um ataque com armas químicas no dia 21 de agosto perto de Damasco, que deixou centenas de mortos.
"Por um lado, ele (o acordo, ndlr) ajuda os sírios a sair da crise e, por outro, ele permitiu evitar a guerra contra a Síria, deixando sem argumentos aqueles que queriam iniciá-la", afirmou Haidar, mencionando "uma vitória para a Síria" durante uma entrevista à agência de notícias pública russa Ria Novosti.
O Exército Sírio Livre, principal integrante da rebelião denunciou o acordo que, segundo ela, "negligencia" o povo e "não menciona o criminoso".
A oposição síria exigiu também o desmantelamento do arsenal de armas químicas, uma proibição de utilizar os mísseis balísticos e a aviação contra os civis.
Na discoteca de um hotel, Wassim al-Sharif, de 36 anos, veio com os amigos dançar e bater papo. O acordo é "uma boa solução para o país", disse.
"Nós vivíamos em paz até a crise. Eu morava no campo palestino de Yarmuk, que está completamente destruído. Minha família está espalhada pela cidade e eu vivo no hotel. É horrível. Só nos resta ter esperança", disse este conselheiro jurídico do governo da cidade de Damasco.
Para Fouad, um engenheiro de 60 anos, "esse acordo não terá impacto sobre a evolução (da guerra) na Síria", mas ele deseja "que russos e americanos se entendam, e encontrem uma solução para a crise".
"Trata-se de um acordo internacional para proteger os países vizinhos das armas de destruição em massa, e o maior beneficiado é Israel. É necessário que outros sejam concluídos, como, por exemplo, Genebra 2", ressalta ele, referindo-se à conferência de paz que as duas grandes potências tentam organizar.
Zoura, diretora de uma empresa de seguros, é cautelosa. "É possível que este acordo seja uma nova esperança, mas eu não confio nem um pouco nos americanos", afirma ela, enquanto passeia pelo jardim Al-Jahez, no centro da cidade.
Ela disse que abriu o seu salão "Beautiful World há um mês e meio", apesar da guerra que devasta o país e já deixou mais de 110.000 mortos em dois anos e meio, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
"Desejo que a Síria se recupere e que nós possamos trabalhar e continuar a existir", acrescenta a esteticista.
No terraço do café vizinho, Azem, de 40 anos, está sentado em uma mesa com sua esposa e seus dois filhos. "Rezamos a Deus para que uma solução seja encontrada para o nosso problema", disse, acrescentando que "este acordo (russo-americano) é uma boa coisa".
"O presidente (Vladimir) Putin fez a Rússia voltar a ser um grande país, que domina novamente o mundo", considera. Este bancário quer acreditar que "o acordo vai dar certo porque os sírios morrem e sofrem, enquanto a economia está ruim".
Os Estados Unidos, que apoiam a rebelião síria, e a Rússia, país aliado do regime Assad, conseguiram chegar a um acordo no sábado sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, com a possibilidade de medidas vinculantes.
Esse acordo, saudado pelo ministro sírio da Reconciliação Ali Haidar, afasta a ameaça de uma ofensiva preparada por Washington para "punir" o regime Assad, acusado de ter efetuado um ataque com armas químicas no dia 21 de agosto perto de Damasco, que deixou centenas de mortos.
"Por um lado, ele (o acordo, ndlr) ajuda os sírios a sair da crise e, por outro, ele permitiu evitar a guerra contra a Síria, deixando sem argumentos aqueles que queriam iniciá-la", afirmou Haidar, mencionando "uma vitória para a Síria" durante uma entrevista à agência de notícias pública russa Ria Novosti.
O Exército Sírio Livre, principal integrante da rebelião denunciou o acordo que, segundo ela, "negligencia" o povo e "não menciona o criminoso".
A oposição síria exigiu também o desmantelamento do arsenal de armas químicas, uma proibição de utilizar os mísseis balísticos e a aviação contra os civis.
Na discoteca de um hotel, Wassim al-Sharif, de 36 anos, veio com os amigos dançar e bater papo. O acordo é "uma boa solução para o país", disse.
"Nós vivíamos em paz até a crise. Eu morava no campo palestino de Yarmuk, que está completamente destruído. Minha família está espalhada pela cidade e eu vivo no hotel. É horrível. Só nos resta ter esperança", disse este conselheiro jurídico do governo da cidade de Damasco.
Para Fouad, um engenheiro de 60 anos, "esse acordo não terá impacto sobre a evolução (da guerra) na Síria", mas ele deseja "que russos e americanos se entendam, e encontrem uma solução para a crise".
"Trata-se de um acordo internacional para proteger os países vizinhos das armas de destruição em massa, e o maior beneficiado é Israel. É necessário que outros sejam concluídos, como, por exemplo, Genebra 2", ressalta ele, referindo-se à conferência de paz que as duas grandes potências tentam organizar.
Zoura, diretora de uma empresa de seguros, é cautelosa. "É possível que este acordo seja uma nova esperança, mas eu não confio nem um pouco nos americanos", afirma ela, enquanto passeia pelo jardim Al-Jahez, no centro da cidade.
AFP
DeOlhOnafigueira
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