terça-feira, 1 de setembro de 2020

Kushner acredita ser possível todos os 22 Estados Árabes reconhecerem Israel


Eufórico no regresso da viagem histórica que ligou Israel aos Emirados Árabes Unidos, o grande promotor do "acordo de paz" Jared Kushner, genro de Donald Trump, predisse esta manhã que todos os outros países árabes irão gradualmente seguir os Emirados na normalização das relações com Israel, fazendo com que a "minoria verbal" que se opõe à medida se torne cada vez mais minoritária na região. 

Questionado esta manhã pela agência noticiosa oficial dos Emirados sobre se acreditava que todos os 22 estados árabes poderiam eventualmente reconhecer Israel, Jared respondeu: "100 por cento. Acredito que é lógico que o façam e que é a coisa certa a fazer a seu tempo" - acrescentou o norte-americano.

Kushner adiantou ainda que um outro país árabe poderá nos próximos meses estabelecer as relações diplomáticas com Israel. "Obviamente que qualquer coisa poderá acontecer, mas a realidade é que há muita gente invejosa por causa da medida tomada pelos Emirados Árabes Unidos."

Os países mais susceptíveis de estabelecer relações diplomáticas com Israel num próximo futuro são o Oman, o Barein, Marrocos, e a Arábia Saudita. 

Israel suspendeu a "anexação" dos territórios na Judeia e Samaria, havendo no entanto mensagens contraditórias entre os governos israelitas e dos Emirados. Estes últimos alegam que a suspensão é definitiva, enquanto Israel afirma que é apenas temporária.

Emmanuel Macron no Líbano
Celebrando o aniversário da criação do moderno estado do Líbano, o presidente francês Emmanuel Macron, com um manifesto crescente envolvimento no Médio Oriente, chegou ontem ao Líbano, quase um mês após a terrível explosão que tirou a vida a 190 pessoas, com o objectivo de coordenar a ajuda internacional a enviar para aquele país destroçado pela economia, pelos conflitos internos e agora por esta tragédia com consequências dramáticas. 

Antes da chegada de Macron, sabe-se que o presidente francês pressionou a eleição de um novo primeiro-ministro, o que veio a acontecer horas antes da chegada do líder francês a território libanês. 

O anterior primeiro-ministro demitiu-se devido aos movimentos de contestação nas ruas contra a corrupção e inoperância do governo.

Calcula-se que o Líbano irá necessitar de 30 mil milhões de dólares, mas os doadores exigem em contrapartida que se realizem profundas reformas políticas, as mesmas que a França já vem pedindo desde há 2 anos, mas que nunca se concretizaram.

A verdade é que Macron é o único líder europeu com aceitação no mundo árabe, aspirando ter contatos com todos eles, aproveitando para vender aviões e outro equipamento militar. Macron serviu de intermediário entre russos e norte-americanos na guerra da Síria, estando presentemente a conquistar algum espaço político e estratégico no atual conflito entre a Turquia e a Grécia. 

2020 é certamente um ano de mudanças e surpresas. Esperemos para ver os próximos passos...

Shalom Israel Shalom
DeOlhOnafigueira

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