O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (à esq.) e o ministro da Defesa, Benny Gantz (à dir.). Ambos formam um governo de coalizão |
Se este cenário se confirmar, será a 4º eleição parlamentar em Israel em um período de menos de 2 anos. Os pleitos de abril de 2019, setembro de 2019 e março de 2020 terminaram sem que nenhum partido conquistasse a maioria do Knesset, tornando inviável uma formação de governo, já que Israel é uma República Parlamentarista Unitária.
Na última tentativa, o presidente Reuven Rivlin deu a chance para que tanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quanto seu adversário de centro-direita, Benny Gantz, tentassem formar uma maioria a partir de acordos com outras siglas.
Com a falha de ambos, Netanyahu e Gantz aceitaram formar um governo de coalizão. O acordo prevê a rotação do cargo de chefe de Governo. Netanyahu manteve a posição e deve repassá-la para Gantz em novembro de 2021, mas não pretende.
Com isso, a proposta para dissolver o parlamento, que partiu da oposição, foi incentivada por Gantz, atual ministro da Defesa. Ele pediu aos parlamentares de seu partido, o Branco e Azul, que apoiassem o texto tendo em vista a recusa de Netanyahu em aprovar o orçamento deste ano.
No final, 61 parlamentares votaram a favor da renovação, 53 foram contrários.
Gantz e Netanyahu nunca se entenderam, segundo a mídia israelense. O governo compartilhado foi aceito pelas partes apenas devido à pandemia da covid-19, já que o país não teria condições de realizar novas eleições.
Apesar do movimento do militar de centro-direita, pesquisas indicam que a convocação de um novo pleito deve favorecer o atual premiê, que pode enfim reconquistar a maioria do Knesset e governar com estabilidade.
Gantz disse que seu partido pode recuar sobre a dissolução se o Netanyahu e seu partido, o Linkud, apresentem e aprovem o orçamento.
Além da crise na política interna e na saúde, Israel também enfrenta o iminente risco de um conflito com o Irã, que acusa o país de ordenar o atentado que matou o principal cientista nuclear iraniano. Nações do ocidente apontavam Mohsen Fakhrizadeh como o arquiteto do programa nuclear da nação persa.
Poder360
DeOlhOnafigueira
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