Um
enviado do maior centro de aprendizagem islâmico sunita, Al-Azhar, no
Cairo, esteve no Vaticano no início de junho para restaurar os laços com o Cristianismo,
alegando que o Islão é uma religião pacífica.
Imagem: Noticias.sapo |
Em declarações ao diário italiano Il Messaggero, Mahmoud Abdel Gawad, enviado diplomático de Al-Azhar pediu ao papa Francisco para dar "um passo em frente".
"Os problemas que tínhamos não eram com o Vaticano, mas com o antigo papa [Bento XVI]", acrescentou, sublinhando que agora as portas desta igreja "estão abertas" a negociações.
Segundo o enviado, "Francisco é um novo papa", e se "um dos seus discursos fosse para declarar que o Islão é uma religião pacífica e que os muçulmanos não procuram a guerra ou a violência, isso seria um progresso".
A cerimónia em março, na qual o papa Francisco lavou os pés de reclusos, em Roma, incluindo os de uma jovem muçulmana, foi, de acordo com o enviado "um gesto muito respeitado".
Mahmoud Abdel Gawad convidou o novo papa a visitar a mesquita de Al-Azhar, no caso de viajar para o Egito para visitar Tawadros II de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa, afirmando que, "nesse momento, o diálogo seria imediatamente restaurado".
Contudo, Mahmoud Abdel Gawad descartou a possibilidade de se reunir "com os israelitas", o que dificulta as conversações conjuntas dos três líderes monoteístas (cristão, islâmico e judaico).
Em 2006, o papa Bento XVI provocou indignação no mundo muçulmano, quando contou uma anedota, segundo a qual o profeta Maomé foi descrito como um senhor da guerra, que espalhou ensinamentos malignos.
O diálogo entre a Igreja Católica e o Islão foi retomado três anos depois, em 2009, mas foi novamente cortado, depois de o anterior papa ter chamado a atenção para a proteção das minorias cristãs, na sequência de um atentado de 2011, numa igreja em Alexandria.
Al-Azhar é uma mesquita do Cairo, no Egito, cujo líder, atualmente o imã (sacerdote muçulmano) Mohamed Ahmed el-Tayeb, é considerado uma das principais autoridades dos muçulmanos sunitas.
"Os problemas que tínhamos não eram com o Vaticano, mas com o antigo papa [Bento XVI]", acrescentou, sublinhando que agora as portas desta igreja "estão abertas" a negociações.
Segundo o enviado, "Francisco é um novo papa", e se "um dos seus discursos fosse para declarar que o Islão é uma religião pacífica e que os muçulmanos não procuram a guerra ou a violência, isso seria um progresso".
A cerimónia em março, na qual o papa Francisco lavou os pés de reclusos, em Roma, incluindo os de uma jovem muçulmana, foi, de acordo com o enviado "um gesto muito respeitado".
Mahmoud Abdel Gawad convidou o novo papa a visitar a mesquita de Al-Azhar, no caso de viajar para o Egito para visitar Tawadros II de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa, afirmando que, "nesse momento, o diálogo seria imediatamente restaurado".
Contudo, Mahmoud Abdel Gawad descartou a possibilidade de se reunir "com os israelitas", o que dificulta as conversações conjuntas dos três líderes monoteístas (cristão, islâmico e judaico).
Em 2006, o papa Bento XVI provocou indignação no mundo muçulmano, quando contou uma anedota, segundo a qual o profeta Maomé foi descrito como um senhor da guerra, que espalhou ensinamentos malignos.
O diálogo entre a Igreja Católica e o Islão foi retomado três anos depois, em 2009, mas foi novamente cortado, depois de o anterior papa ter chamado a atenção para a proteção das minorias cristãs, na sequência de um atentado de 2011, numa igreja em Alexandria.
Al-Azhar é uma mesquita do Cairo, no Egito, cujo líder, atualmente o imã (sacerdote muçulmano) Mohamed Ahmed el-Tayeb, é considerado uma das principais autoridades dos muçulmanos sunitas.
DN Globo
DeOlhOnafigueira
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