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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Bill Gates investe em projeto para "escurecer" o Sol contra o aquecimento global

O Sol se pondo em uma nuvem de fumaça de incêndio florestal sobre Alberta dos incêndios em BC e em outros lugares, em 17 de agosto de 2018 Isso mostra o escurecimento e o avermelhamento do Sol conforme ele se põe, com ele desaparecendo de vista muito antes de atingir o horizonte. (Foto: VW Pics / Universal Images Group via Getty Images)

O fundador da Microsoft, Bill Gates, vem sendo motivo de discussão nos últimos dias, dessa vez por um tema sem relação com a pandemia da COVID-19. O bilionário anunciou que está financiando um projeto ambicioso da Universidade de Harvard para tentar enfrentar o aquecimento global e, consequentemente, as mudanças climáticas.

O projeto, que se chama Experimento de Perturbação Controlada Estratosférica (SCoPEx), tem o objetivo de reduzir a luz solar que incide no planeta Terra, borrifando na atmosfera poeira atóxica de carbonato de cálcio (CaCO3), fazendo com que a radiação volte ao espaço. Basicamente, o método de geoengenharia solar "escureceria" o Sol.

O primeiro teste será realizado ainda em junho na Suécia, com os pesquisadores enviando ao céu um balão com equipamentos científicos que irão testar a capacidade de operação e comunicação do projeto. A iniciativa já vem sendo debate de ambientalistas que temem que o efeito seja oposto, com a estratégia deixando o entendimento de que há um "sinal verde" para continuar com as emissões de gases nocivos, sem trazer mudanças de comportamento.

Cientistas também se preocupam com os efeitos do projeto, citando situações que aconteceram no passado, quando erupções vulcânicas que liberaram aerossóis na atmosfera e não só resfriaram a Terra como acabaram trazendo devastações duradouras, como secas.

Os cientistas ainda não sabem qual quantidade de CaCO3 precisa ser liberada na atmosfera para o resfriamento do planeta, tampouco se essa poeira é a melhor opção para cumprir o trabalho com a eficácia desejada. Estudos anteriores, no entanto, já sugeriram que essa substância seja a melhor opção para reduzir o aquecimento estratosférico.

Assim que houver a confirmação de que a substância é segura, o balão será enviado novamente para liberar os aerossóis e fazer o registro em tempo real dos resultados. Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o SCoPEx pode reduzir as temperaturas globais em 1,5 °C, mas com o investimento de entre US$ 1 a US$ 10 bilhões ao ano.

CanalTech
DeOlhOnafigueira

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