Discurso do presidente da Autoridade Nacional Palestina foi criticado pelo embaixador israelense na ONU
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu nesta terça-feira a criação de um “mecanismo multilateral” para solucionar a questão palestina por meio de uma conferência internacional nos próximos meses. Em discurso no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Abbas pediu aos países que ainda não reconheceram o Estado palestino que se juntem àqueles que já o fizeram. Entre os 193 Estados membros da ONU, 138 deles, incluindo o Brasil, reconhecem a Palestina.
— Para resolver a questão palestina é essencial a criação de um mecanismo internacional multilateral que seja decidido numa conferência internacional — afirmou Abbas, que deixou a sessão sem ouvir a resposta do embaixador israelense, Danny Danon. — Ajudem-nos!
De acordo com Abbas, essa conferência internacional deve levar à integração da Palestina como um Estado membro da ONU, reconhecimento mútuo com Israel, e à criação de um novo mecanismo para que um acordo definitivo seja alcançado. Desde 2012, a Palestina é um “Estado observador” da Nações Unidas, e participa de agências da organização e do Tribunal Penal Internacional, mas sem gozar dos benefícios de uma participação completa.
— Não ficaremos para trás. Queremos que Jerusalém esteja aberta às três religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e islamismo) — afirmou Abbas, que culpou Israel por agir “acima da lei” e afundar as negociações de paz na região. — Israel transformou a ocupação de uma situação temporária em uma questão de colonização permanente.
Danon criticou as palavras de Abbas e o fato de o presidente palestino ter abandonando a sessão.
— Você (Abbas) não é parte da solução, mas do problema — afirmou o embaixador israelense. — Quando estendemos a mão, Mahmoud Abbaas nos dá as costas.
Abbas se recusa a manter contato direto com o governo americano desde a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital israelense, o que enfraqueceu o papel dos Estados Unidos como mediadores. O processo de paz no Oriente Médio está paralisado desde 2014 e os palestinos acreditam que o envolvimento da comunidade internacional servirá para equilibrar o que enxergam como uma postura pró-Israel. O governo israelense, por sua vez, acusa a União Europeia e as Nações Unidas de atuarem contra o país e rejeitam qualquer outro mediador que não os Estados Unidos.
O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu a interrupção dos assentamentos israelenses e expressou preocupações com a crise em Gaza, que classificou como “agravada”. Mladenov também afirmou que a comunidade internacional continuará a promover “mudanças significativas nas políticas de assentamento” e afirmou que as negociações na região são “desiguais”.
Antes do encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, renovou os alertas contra a criação de uma “realidade irreversível” em vez da solução proposta de dois Estados vizinhos.
— Não há um plano B — afirmou Guterres. — O momento da reconciliação e da razão chegou.
Egito abre fronteira com Gaza
— Para resolver a questão palestina é essencial a criação de um mecanismo internacional multilateral que seja decidido numa conferência internacional — afirmou Abbas, que deixou a sessão sem ouvir a resposta do embaixador israelense, Danny Danon. — Ajudem-nos!
De acordo com Abbas, essa conferência internacional deve levar à integração da Palestina como um Estado membro da ONU, reconhecimento mútuo com Israel, e à criação de um novo mecanismo para que um acordo definitivo seja alcançado. Desde 2012, a Palestina é um “Estado observador” da Nações Unidas, e participa de agências da organização e do Tribunal Penal Internacional, mas sem gozar dos benefícios de uma participação completa.
— Não ficaremos para trás. Queremos que Jerusalém esteja aberta às três religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e islamismo) — afirmou Abbas, que culpou Israel por agir “acima da lei” e afundar as negociações de paz na região. — Israel transformou a ocupação de uma situação temporária em uma questão de colonização permanente.
Danon criticou as palavras de Abbas e o fato de o presidente palestino ter abandonando a sessão.
— Você (Abbas) não é parte da solução, mas do problema — afirmou o embaixador israelense. — Quando estendemos a mão, Mahmoud Abbaas nos dá as costas.
Abbas se recusa a manter contato direto com o governo americano desde a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital israelense, o que enfraqueceu o papel dos Estados Unidos como mediadores. O processo de paz no Oriente Médio está paralisado desde 2014 e os palestinos acreditam que o envolvimento da comunidade internacional servirá para equilibrar o que enxergam como uma postura pró-Israel. O governo israelense, por sua vez, acusa a União Europeia e as Nações Unidas de atuarem contra o país e rejeitam qualquer outro mediador que não os Estados Unidos.
O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu a interrupção dos assentamentos israelenses e expressou preocupações com a crise em Gaza, que classificou como “agravada”. Mladenov também afirmou que a comunidade internacional continuará a promover “mudanças significativas nas políticas de assentamento” e afirmou que as negociações na região são “desiguais”.
Antes do encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, renovou os alertas contra a criação de uma “realidade irreversível” em vez da solução proposta de dois Estados vizinhos.
— Não há um plano B — afirmou Guterres. — O momento da reconciliação e da razão chegou.
Egito abre fronteira com Gaza
Membros do governo egípcio afirmaram que o país abrirá sua fronteira com a Faixa de Gaza em meio a uma campanha militar contra insurgentes islâmicos na Península do Sinai. De acordo com as autoridades, o posto fronteiriço de Rafah começará a funcionar quarta-feira e se manterá aberto por quatro dias por questões humanitárias. A informação foi confirmada pela embaixada palestina no Cairo.
O Egito manteve o posto fronteiriço de Rafah fechado desde 2013, após a derrubada do presidente islamista Mohammed Mursi.
O Egito manteve o posto fronteiriço de Rafah fechado desde 2013, após a derrubada do presidente islamista Mohammed Mursi.
O Globo
DeOlhOnafigueira
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