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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Compreendendo os segredos de Deus com a nação de Israel

https://www.ucg.org/files/styles/full_grid9_breakpoints_theme_top_hat_mobile_1x/public/image/article/current-events-trends-jerusalem-to-be-surrounded-by-armies.jpg?timestamp=1493752784 Apesar de não gostarmos de falar sobre eternidade, a verdade é que, como afirmou C.S.Lewis: “Tudo que não é eterno é eternamente inútil”, e portanto “Se encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é a de que fui criado para um outro mundo".

Não fomos feitos para a morte, mas para a vida. Não fomos feitos apenas para viver de forma transitória e temporal. A vida que agora desfrutamos é apenas uma passagem. Somos peregrinos e forasteiros, habitando a temporalidade.

Remontando o tempo, chegamos no Eden, quando da criação do homem pelo Criador. Fomos criados para a Eternidade. Diz o sábio: “Deus pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3.11). Porém o Criador advertiu ao homem, quando da sua criação, que a desobediência o mataria, e o homem preferiu ouvir a serpente.

E por ser anti-natural, a bíblia afirma que “O último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Co 15.26). Morte é “inimiga”, um chiste, uma invasora. Entrou no mundo de Deus de forma clandestina, através do viés da independência humana – do livre arbitrio. Por isto a morte sempre agride, e por mais que a esperemos, ela é sempre uma violência.

Enfim, o homem, através do pecado, foi afastado do Criador e herdou a morte. A morte é um “acidente de percurso”. O homem não foi feito para morrer.

Após a queda no Éden através do pecado da desobediência, o Criador cumpre a Sua Palavra punindo as suas criaturas, os banindo daquele local. A serpente – o anjo caído -, ao persuadir a mulher e por conseguinte o homem para que desobedecesse, estava convicto que a aliança entre o Criador e sua criatura tinha se findado. “É certo que não morrereis” e assim a morte foi introduzida no mundo.

E onde entra Israel nisso?


A nação de Israel foi quem recebeu a missão de trazer ao mundo o remissor, Aquele que haveria de redimir o homem. Que haveria de nos livrar da morte e do juízo e nos conceder a Eternidade com o Criador! O Salvador do mundo! E o segredo de Deus com a nação de Israel se deve ao fato de ter cumprido a missão que receberam! Veja:
 
O profeta Isaías declara, “Eu, o SENHOR, te chamei (Israel) em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere os que jazem em trevas. Eu sou o SENHOR; este é o meu nome! A minha glória pois, não a darei a outrem, nem o meu louvor, a ídolos” (Isaías 42:6-8).

Explicarei.

Na ocasião da queda do homem no Éden, quando perde o direito da eternidade com o Criador, o Eterno Deus faz uma promessa: “da semente da mulher nascerá um que pisará a cabeça da serpente”.

Desse modo, diante dessa promessa, sendo sabedoras que o Eterno haveria de cumprir o anunciado, as hostes celestiais caídas corrompem o gênero humano, conforme podemos ler em Gênesis 6. Os anjos caídos passaram a se relacionar com as mulheres que habitavam na terra. Dessa relação, gigantes governam o mundo. O propósito era exterminar a raça criada pelo Criador. Expurgar da terra a linhagem adâmica para o não cumprimento do prometido.

Daí, o Eterno “escolhe” um povo que não deveria se corromper com outras raças, que na maioria já estava impregnada de DNA dos anjos caídos. A genealogia de Adão, o homem criado pelo próprio Deus, deveria ser mantida para o cumprimento da profecia. E ao povo de Israel, foi dada essa incumbência. Estava a missão de “guardar essa criança” que haveria de nascer, o Salvador prometido. Um sangue puro e sem mácula.

E assim, foi ordenado ao povo não se misturar e não se corromper com outros povos, não se contaminar, ser separado. Tudo que Israel fez ao longo de sua historia foi se preservar para o cumprimento da profecia do surgimento do Messias.

No tempo determinado pelo Criador, nasce Jesus, o Cristo, o Messias prometido. Logo, a missão de Israel estava cumprida.

O Salvador nasceu e agora caberia a outro povo, a igreja, a missão de anunciar essa Ele ao mundo. Hoje o papel é da igreja, a de anunciar o Salvador. Que viveu como homem, semente da mulher, morreu e ressuscitou, pisando na cabeça da serpente!

A Sua ressurreição foi uma declaração de vitória sobre a morte! Lemos o seguinte numa das cartas de Paulo, o apóstolo: “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.53-57).

A bíblia, na verdade, faz aqui uma sátira da morte. “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”. Aguilhão é o ferrão usado para cutucar o boi. O texto nos diz que a morte, antes da ressurreição de Cristo, era uma espécie de esporão para ferir as pessoas, mas que depois da obra de Cristo seu poder foi desmistificado e minimizado.

Enfim, graças ao cuidado que Israel teve – cumprindo a missão que recebeu do Eterno -, até o nascimento do Salvador do mundo, hoje podemos dizer o que Isaias predisse sobre o nascimento do Messias, que o “castigo que nos trouxe a paz foi sobre Ele e pelas suas pisaduras fomos sarados”. E por essa postura da nação de Israel, toda a humanidade foi favorecida.

A. C. Carrafa
DeOlhOnafigueira

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