O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, anunciou nesta sexta-feira (21) a suspensão de todos os contatos oficiais com Israel até que as medidas de segurança implementadas na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, sejam anuladas.
Abbas falou com jornalistas ao final de um dia marcado por enfrentamentos entre manifestantes palestinos e as forças israelenses, que deixaram pelo menos três mortos e centenas de feridos em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada.
Nesta sexta, homens de origem palestina com menos de 50 anos tiveram barrada sua entrada na Esplanada das Mesquitas, e não puderam participar da oração muçulmana. A restrição imposta pela polícia israelense provocou revolta entre os palestinos, que começaram a protestar nas ruas próximas e jogar pedras contra soldados israelenses. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los, segundo a Associated Press. No enfrentamento, três pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
O lugar sagrado é um dos pontos políticos e religiosos mais sensíveis no conflito palestino israelense. Denominado pelos muçulmanos como Nobre Santuário, o local abriga a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha e é o terceiro local mais sagrado para o islã (após Meca e Medina). Para os judeus, que o chamam de Monte do Templo, é o local mais sagrado, e abriga aos seus pés o principal local de culto judeu, o Muro das Lamentações.
Medidas pós-ataque
A nova restrição, adotada em um momento de grande tensão, é mais uma reação do estado de Israel após o ataque que deixou dois policiais israelenses e três palestinos suspeitos mortos na última sexta-feira (14). Logo após o ataque, o acesso à Cidade Velha ficou fechado e foi reaberto no sábado (15) após a instalação de detectores de metal. A medida provocou revolta entre os palestinos, mas a polícia afirma que os detectores de metal são necessários para evitar novos ataques.
O grande mufti de Jerusalém (jurista muçulmano cujas decisões podem ter valor de lei) e outras autoridades islâmicas fizeram um apelo para que a comunidade se negue a acatar as ordens de segurança e passar pelos detectores. Desde sábado, os fiéis palestinos rezaram do lado de fora da cidade murada em protesto contra as restrições de acesso.
A Jordânia, responsável pela administração da Mesquita de Al Aqsa, fez sucessivos apelos para que Israel remova os detectores de metal. Israel e a Jordânia cooperam em questões de segurança, mas as discordâncias entre os dois países são frequentes.
Na quinta-feira, houve pedidos para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuasse e removesse os detectores de metal para não inflamar a situação. O presidente turco, Tayyip Erdogan, depois de discutir o assunto com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, convocou o presidente israelense, Reuven Rivlin, para pressionar pela remoção.
G1
DeOlhOnafigueira
Abbas falou com jornalistas ao final de um dia marcado por enfrentamentos entre manifestantes palestinos e as forças israelenses, que deixaram pelo menos três mortos e centenas de feridos em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada.
Nesta sexta, homens de origem palestina com menos de 50 anos tiveram barrada sua entrada na Esplanada das Mesquitas, e não puderam participar da oração muçulmana. A restrição imposta pela polícia israelense provocou revolta entre os palestinos, que começaram a protestar nas ruas próximas e jogar pedras contra soldados israelenses. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los, segundo a Associated Press. No enfrentamento, três pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
O lugar sagrado é um dos pontos políticos e religiosos mais sensíveis no conflito palestino israelense. Denominado pelos muçulmanos como Nobre Santuário, o local abriga a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha e é o terceiro local mais sagrado para o islã (após Meca e Medina). Para os judeus, que o chamam de Monte do Templo, é o local mais sagrado, e abriga aos seus pés o principal local de culto judeu, o Muro das Lamentações.
Medidas pós-ataque
A nova restrição, adotada em um momento de grande tensão, é mais uma reação do estado de Israel após o ataque que deixou dois policiais israelenses e três palestinos suspeitos mortos na última sexta-feira (14). Logo após o ataque, o acesso à Cidade Velha ficou fechado e foi reaberto no sábado (15) após a instalação de detectores de metal. A medida provocou revolta entre os palestinos, mas a polícia afirma que os detectores de metal são necessários para evitar novos ataques.
O grande mufti de Jerusalém (jurista muçulmano cujas decisões podem ter valor de lei) e outras autoridades islâmicas fizeram um apelo para que a comunidade se negue a acatar as ordens de segurança e passar pelos detectores. Desde sábado, os fiéis palestinos rezaram do lado de fora da cidade murada em protesto contra as restrições de acesso.
A Jordânia, responsável pela administração da Mesquita de Al Aqsa, fez sucessivos apelos para que Israel remova os detectores de metal. Israel e a Jordânia cooperam em questões de segurança, mas as discordâncias entre os dois países são frequentes.
Na quinta-feira, houve pedidos para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuasse e removesse os detectores de metal para não inflamar a situação. O presidente turco, Tayyip Erdogan, depois de discutir o assunto com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, convocou o presidente israelense, Reuven Rivlin, para pressionar pela remoção.
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