O novo normal? A polícia ajuda sobreviventes do atentado terrorista na London Bridge, 4 de junho de 2017.(Foto de Carl Court/Getty Images) |
Quando ocorrem ataques terroristas, é comum ouvirmos da mídia Ocidental e da classe política que devemos aceitar os ataques terroristas como o "novo normal."
Para os cidadãos do Ocidente esta é uma frase perigosa.
A doutrina islâmica da jihad, expansão e Dawah (divulgação do Islã, proselitismo) dependem pesadamente do uso do terrorismo e da sedução. Targhib wal tarhib é uma doutrina islâmica que significa "seduzir (atrair) e aterrorizar" como ferramenta para a Dawah
para conquistar nações e forçar os cidadãos a se sujeitarem à Lei
Islâmica (Sharia). Isso equivale à manipulação das partes instintivas do
cérebro com pressões opostas extremas de prazer e dor - recompensadoras
e punições exemplares - para a lavagem cerebral para a aceitação do
Islã.
A maioria dos muçulmanos comuns sequer conhece essa doutrina, mas os
livros islâmicos escrevem a respeito. Os principais xeques muçulmanos
como Salman Al Awda debateram sobre o tema na TV Al Jazeera. Em um
programa de nome "Sharia e Vida", Al Awda recomendou o uso de extremos
"para exagerar... recompensar e punir, moralmente e materialmente... nos
dois sentidos". "O uso do terrorismo segundo essa doutrina", salientou
ele "é uma obrigação legítima da sharia".
Um curso na Internet para recrutar jihadistas contém os seguintes dizeres:
"A Dawa individual depende da obtenção de respostas emotivas dos recrutas (e da formação de um relacionamento pessoal). A abordagem de Abu 'Amr ilustra o conceito de recrutamento chamado Al-targhib wa'l-tarhib, que nada mais é do que a técnica de castigos e recompensas para enaltecer os benefícios da ação, explicando ao mesmo tempo os custos assustadores da inércia. O conceito foi introduzido no Alcorão e é debatido por muitos pensadores islâmicos que exploram a melhor maneira de atrair pessoas para o Islã (vários estudiosos, por exemplo, escreveram livros intitulados al-targhib wa'l-tarhib). De acordo com Abu 'Amr, os recrutadores devem aplicar o conceito ao longo de todo o processo de recrutamento, mas enfatizam os benefícios da ação no início do processo e os custos da falta de ação somente mais tarde".
Em outras palavras, os recrutadores de jihadistas devem começar
enfatizando as "coisas boas" em primeiro lugar, a "sedução" - a glória
futura, supremacia e cumprimento de todos os desejos libidinosos, como
as virgens no céu. Mais tarde, eles devem ameaçar os recrutas com o
"terror" e a vergonha - consequência esta se eles não participarem da
jihad.
Partes do Tarhib ou seja, da "aterrorização" dessa doutrina é
mostrar um exemplo cruel do que acontece com quem não cumpre os
requisitos do islamismo. Essa é a razão pela qual países muçulmanos como
a Arábia Saudita e o Irã e entidades como o ISIS intencionalmente
realizam cerimoniais públicos de decapitações, flagelação e amputação de
membros. Países como o Egito, Jordânia e a Turquia são mais discretos,
mas toleram e apoiam os assassinatos em nome da honra, execução de
apóstatas, espancamento de mulheres e crianças e tortura e assassinato
nas prisões. A doutrina de Targhib e Tarhib está viva, e
vai muito bem, obrigado, não apenas em teocracias islâmicas, mas também
nos assim chamados países muçulmanos "moderados".
O Islã tem usado essas técnicas de lavagem cerebral de "prazer e dor"
e punições com requintes de crueldade desde seus primórdios até os dias
de hoje. Enquanto a Bíblia - a tradição judaico-cristã ocidental - está
em harmonia e nutre a bondade na natureza humana, o Islã faz o
contrário: usa os instintos humanos de autopreservação e sobrevivência
para solapar a força de vontade das pessoas e usar da lavagem cerebral
para submetê-las à obediência servil.
Como a maioria dos muçulmanos, nunca ouvi falar deste pilar da
doutrina islâmica quando eu estava na fase de crescimento no Egito, mas
senti o impacto desta doutrina na minha vida - em todos os aspectos da
cultura islâmica, na pregação islâmica, nas relações familiares
islâmicas, na forma como os governos islâmicos operam e como as
autoridades em geral tratam seus subalternos.
A doutrina islâmica de "sedução e terror" produziu uma cultura de
extremos venenosos: desconfiança e medo, orgulho e vergonha, permissão
para mentir ("Taqiyya") e recusa em assumir a responsabilidade pelos seus atos.
Tendo passado a maior parte da minha vida obedecendo os ditames do
Islã, lamento ter que dizer que as pessoas que o Ocidente chama de
"muçulmanos moderados" frequentemente são, na realidade, cidadãos que
aprenderam a viver e aceitar o terrorismo como algo normal. Durante
séculos muitos arrumaram justificativas para o terrorismo, condenaram as
vítimas do terrorismo, permaneceram em silêncio ou ambíguos e até mesmo
fizeram concessões aos terroristas para sobreviver. A cultura islâmica
em que vivi faz vista grossa quando mulheres eram espancadas. Quando
meninas eram assassinadas em assassinatos em nome da honra, a pergunta
comum era: "o que foi que ela fez?" Em vez de "como é que isso pôde
acontecer"? Quando os cristãos eram mortos e perseguidos muitos culpavam
os cristãos por sua própria perseguição nas mãos dos muçulmanos. A
resposta islâmica corriqueira ao terrorismo era: "não é da minha conta".
E agora a doutrina islâmica de Targhib wal Tarhib, está sendo
levada para o Ocidente e pretende mudar a cultura humanista ocidental.
Seu objetivo é substituir o respeito pelos direitos humanos, boa
vizinhança e os valores da liberdade e da paz, pela escravidão,
terrorismo, tirania e medo.
A jihad islâmica sempre contou com pessoas em terras conquistadas
para que mais cedo ou mais tarde se rendessem, desistissem e aceitassem o
terrorismo como parte da vida, como os desastres naturais, terremotos e
inundações.
Não demorou muito para que a doutrina islâmica de Targhib wal Tarhib
doutrinasse a psique dos líderes e da mídia ocidentais, que agora nos
dizem para vivermos com o terrorismo como o "novo normal". O islamismo
conta em transformar todos em muçulmanos "moderados" que acabarão
fazendo vista grossa quando o ato terrorista atingir a pessoa que
estiver ao seu lado.
Original em inglês: Accept Islamic Terror as the New Normal? - Tradução: Joseph Skilnik
Gatestone Institute
DeOlhOnafigueira
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