A visita de Donald Trump à Arábia Saudita e a Israel na próxima
semana está a despontar todo o tipo de posicionamentos da parte dos
políticos árabes e dos países vizinhos de Israel.
Enquanto ontem o Egito e a Jordânia mandaram um "recado" a Trump de
que querem ver um estado palestino com Jerusalém oriental como capital
desse estado, hoje é jornal norte-americano"Wall Street Journal" a
reportar de um documento que terá recebido a aprovação da Arábia
Saudita e dos Emirados Árabes, propondo o congelamento das construções e
o início de conversações políticas em troca da normalização das
relações com Israel.
Aquilo que os países do Golfo querem de Israel é o reinício do
processo de paz, levando à paragem das construções e a um alívio do
bloqueio à Faixa de Gaza.
Este documento e proposta terão sido enviados ao governo
norte-americano a escassos dias da visita do presidente Trump àquela
região.
Como moeda de troca, os Emirados Árabes Unidos oferecem o
estabelecimento de telecomunicações com Israel, a aprovação para que os
aviões israelitas possam cruzar os seus espaços aéreos e a remoção de
várias barreiras comerciais. Tanto a Arábia Saudita como os EUA
pretendem avançar com estas medidas. Até ao momento Israel ainda não fez
qualquer comentário oficial a esta proposta.
Ninguém pode prever a reação de Netanyahu, cada vez mais "entre a
espada e a parede", por um lado precisando do apoio de Trump para a
implementação das políticas internas de Israel, mas por outro lado
desejando firmar acordos sólidos com nações árabes até agora hostis a
Israel, mas que recentemente têm demonstrado uma abertura sem
precedentes e sem dúvida proveitosa para ambas as partes.
A grande pergunta é esta: estará Netanyahu disposto a pagar o
preço? Arriscará ele pôr em causa a frágil coligação governamental que
até agora ele conseguiu manter à frente dos destinos do seu país?
Uma coisa é certa: a semana que vem promete muito...
Shalom Israel Shalom
DeOlhOnafigueira
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