Aproxima-se o Jubileu da Cidade de
Jerusalém. Em Junho deste ano, completam-se 50 anos desde que as forças
israelitas conseguiram recuperar a totalidade da sua capital,
unificando-a e reconstruindo tudo aquilo que os ocupantes jordanos
haviam destruído.
Mas a reconquista de Jerusalém em Junho
de 1967 falhou num ponto crucial: desejoso de fazer a paz com a
Jordânia, o general Moshe Dayan decidiu deixar a administração do Monte
do Templo nas mãos dos árabes. Muitos ainda hoje não compreendem como
foi possível que o lugar mais sagrado para os judeus tivesse sido
deixado nas mãos dos seus maiores inimigos, os muçulmanos.
Houve no
entanto um cumprimento profético nessa resolução das autoridades
israelitas. Deus estava mais uma vez - como sempre - no controle da
História. Segundo as profecias de Daniel, o falso Messias terá de fazer
um acordo "com muitos", acreditando-se que o mesmo envolverá a
resolução da questão da soberania do Monte do Templo, agora ocupado pela
mesquita de al-Aqsa e pelo Domo da Rocha.
Ainda que a soberania seja israelita, a
administração é muçulmana, dessa forma impedindo no local a realização
de quaisquer orações por parte de judeus e de cristãos.
Há no entanto um crescente anseio da
parte de muitos judeus para que eles não só ali possam orar, como
inclusivamente retomar os sacrifícios num espaço que necessitará de ser
erigido para o efeito.
CRESCENTES PRESSÕES NO KNESSET
Há atualmente grupos dispostos a
encetar uma jornada de luta política visando a recuperação do espaço
para os judeus. Pela primeira vez desde o estabelecimento do estado
judaico em 1948, o parlamento - Knesset - propôs estabelecer um
órgão governamental destinado a fortalecer a ligação entre o estado
judaico e o seu lugar mais sagrado: o Monte do Templo.
Esta medida
provocou obviamente a ira dos políticos palestinianos que acreditam que
as recentes pérfidas decisões da UNESCO visando eliminar os laços
históricos entre Jerusalém e os judeus têm sido bem sucedidas.
Numa medida que encolerizou as hostes
políticas palestinianas, a ministra para a Cultura de Israel, Miri Regev
e o ministro para Jerusalém, Ze'ev Elkin, propuseram uma nova fundação
para promover a ligação judaica ao Monte do Templo. Um orçamento de
550.000 dólares anuais será acrescentado ao já existente "Fundação da Herança do Monte do Templo."
Esta nova fundação será responsável pela "pesquisa, informação e defesa" concernentes à ligação judaica àquele lugar sagrado.
INDIGNAÇÃO ÁRABE
Para os deputados árabes no parlamento
israelita, o lugar é exclusivamente islâmico. Para eles, todo o espaço
das construções e à sua volta é sagrado para o islã e considerado "mesquita."
"Sempre foi assim, e é assim que vai permanecer, apesar da conquista e apesar deste novo financiamento" - afirmou Ahmad Tibi, verbalizando o seu ódio e repugnante ignorância histórica sobre a verdade dos fatos.
ESPERANÇA JUDAICA
O deputado israelita Yehudah Glick, do
partido Likud, que desde há anos vem defendendo a possibilidade de
qualquer pessoa e de qualquer religião poder orar no local, ficou
obviaimente entusiasmado com a decisão.
"Depois de muitos e longos meses,
alegro-me que os nossos esforços tenham finalmente produzido frutos.
Esta é uma boa altura, e graças a Deus chegámos finalmente lá, apesar do
atraso de 50 anos (de facto, 2 mil anos...) O governo israelita reconheceu que o Monte do Templo é um sítio nacional, é nosso." - afirmou Glick.
Esta
medida acontece a poucas semanas do Jubileu de Jerusalém. Foi criado um
logotipo apropriado a este evento, explicado pela ministra da Cultura
Miri Regev: "Ele (logotipo) conta a verdadeira História de
Jerusalém. A base do dígito 5 é uma harpa, uma reminiscência de David,
rei de Israel, que há 3.000 anos fundou Jerusalém como nossa capital
eterna. A cabeça do 5 é um leão - o símbolo da moderna cidade de
Jerusalém."
E a ministra acrescentou: "Os
laços da nação judaica a Jerusalém são possivelmente os mais profundos
que ao longo da História têm existido entre um povo e uma cidade."
Shalom Israel Shalom
DeOlhOnafigueira
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