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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Sacerdotes fazem reconstituição de serviço do Templo em Israel

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Mordechai Persoff, o sumo sacerdote

Os sacerdotes e o novo Sinédrio fizeram uma reconstituição completa do serviço de Yom Kippur [Dia do perdão], a data mais importante do calendário religioso judaico. Realizada no início de outubro na cidade de Hebrom, junto à Caverna dos Patriarcas, onde estão enterrados os pais do povo judeu.

Mais do que uma encenação, foi um ensaio-geral, que incluiu a bênção do sumo-sacerdote. Para os judeus praticantes, foi a oportunidade para se ter um vislumbre de como ocorrerão as cerimônias quando o Templo for reerguido.

A reconstituição foi iniciada por Mordechai Persoff, um dos diretores do Instituto do Templo, acompanhado do rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio. Ele explicou que: “Nos dias do Templo, durante uma semana antes de Yom Kippur, o Kohen Gadol (sumo sacerdote) ensaiava como seria o culto, para estar bem preparado. Trata-se de um mandamento da Torá, como parte do próprio dia santo.”

A essência do Yom Kippur é a expiação. Na cerimônia, o sumo-sacerdote pede perdão por seus pecados e pelos de todo o povo de Israel. Os outros sacerdotes (levitas) sopraram as trombetas de chifres de prata e usaram as roupas preparadas para o uso no Templo. Todos os detalhes descritos no Antigo Testamento foram observados.

O sumo-sacerdote usava uma réplica das vestes sagradas, incluindo apetrechos de ouro e o peitoral. Atrás dele, no lado esquerdo, estava a menorá de sete braços, feita de ouro, que ficava constantemente acesa no Templo. À direita, as mesas preparadas para abrigar os chamados “pães da proposição”. No centro, um pequeno altar de ouro, sobre a qual o incenso foi queimado.

Seguindo o antigo ritual do Yom Kippur, descrito no capítulo 16 de Levítico, foram selecionados dois bodes idênticos, sem manchas. Para decidir o destino de cada um foram lançadas sortes. Um bode deveria ser sacrificado no altar e o outro levado para um penhasco chamado “Azazel”, onde seria jogado sobre a borda. Como o Templo não está restaurado, foi feita apenas uma encenação, sem que os animais fossem de fato mortos.

 Bodes para o "sacrifício".
 Bodes para o “sacrifício”

A importância do culto do dia do Perdão é grande para o judeu praticante, pois é o único momento do ano em que o sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, o local onde ficava a Arca da Aliança. Uma réplica dessa arca já foi construída pelo Instituto do Templo, mas ela não foi consagrada, pois não contém os elementos descritos na Bíblia.

Os expectadores da reprodução da cerimônia puderam observar que o sumo-sacerdote trocou de roupa várias, mergulhando em um banho ritual entre as mudanças. Certas partes do serviço religioso exigem que os sacerdotes e todos os que estavam reunidos se curvassem. Como é proibido para os judeus fazerem isso fora do Templo, a opção foi prostrarem-se completamente, deitando-se com os braços esticados para a frente.

Sacerdote esticado no chão.
Sacerdote esticado no chão

No final, a bênção sacerdotal foi recitada pelo rabino Baruch Kahane, que foi escolhido pelo Instituto do Templo como o novo sumo-sacerdote de Israel e tem desempenhado um papel importante nas reconstituições do Instituto do Templo. A realização do evento imediatamente abaixo da Caverna dos Patriarcas tem um sentido especial, pois trata-se do local considerado o “berço” do povo hebreu e também que dá nome à língua hebraica – ambos variação do nome Hebron.

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Me-arat Hamachpelah

Em hebraico, o lugar é chamado Me-arat Hamachpelah, que significa “túmulo das duplas sepulturas”. Segundo a tradição judaica, é nesse local que estariam enterrados casais bíblicos importante: Abraão e Sara; Isaque e Rebeca; Jacó e Lia. Com informações de Breaking Israel News
 
Gospel Prime
DeOlhOnafigueira

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