Dinheiro dos contribuintes é usado pelo governo britânico para “curar” supostos “distúrbios de identidade sexual”
O Reino Unido gastou 2,6 milhões de libras esterlinas (ou 13,4 milhões de reais) só entre abril e dezembro de 2015 para custear o tratamento de mudança de sexo de mais de mil cidadãos britânicos.
Como se já não fosse suficientemente questionável direcionar dinheiro público a esse tipo de “política de saúde pública” que a maior parte da comunidade médica está longe de avalizar como cientificamente embasada, há nesta notícia um “detalhe” particularmente inquietante: esses mais de 1.000 pacientes eram… crianças.
O governo britânico passou em 2014 a bancar com os recursos dos contribuintes os medicamentos que atrasam a puberdade de crianças a partir dos 9 anos de idade – no primeiro passo para a sua futura cirurgia de mudança de sexo (ou nem tão “futura” assim, dado que a operação pode ser feita já em pré-adolescentes de 12 anos).
Nem todos os habitantes das liberais ilhas britânicas digeriram bem essa política de cunho ideológico. Associações de defesa dos direitos das crianças pediram que fosse instaurado um inquérito, alegando que é “no mínimo imprudente” autorizar intervenções tão drásticas no corpo de crianças que “talvez” sofram de “distúrbios de identidade sexual” – e esse “talvez” é decisivo, já que a eventual rejeição psicológica da própria identidade sexual pode muito bem ser abordada de modos não invasivos nem irrevogáveis, principalmente em crianças.
As objeções, porém, não impediram que o governo britânico aplicasse em menores de 12 anos uma gama de medicamentos chamados “hipotalâmicos”, que impedem o desenvolvimento normal dos órgãos genitais e diminuem a produção de testosterona e estrogênio. A medicação, que serve como “preparação” para a cirurgia de mudança de sexo propriamente dita, passou por três anos de testes em crianças de 12 a 14 anos de idade.
E esses testes envolvem mais polêmica: seus realizadores foram os médicos da Tavistock and Portman Foundation, ligada a um projeto secreto da CIA chamado MK-Ultra: trata-se de experimentos realizados nos anos 1950 para interferir e manipular o comportamento humano.
Juntando-se à série de elementos no mínimo “esquisitos” que compõem este cenário alicerçado na pouco científica ideologia de gênero, há estatísticas bastante chamativas: em 2010, o Reino Unido tinha registrado 97 tratamentos médicos de “distúrbios de identidade sexual” em crianças; só em 9 meses de 2015, o número de crianças que receberam tais tratamentos chegou a incríveis 1.013.
Entrevistado pelo jornal The Sun, o psiquiatra Robert Lefever lançou importantes perguntas para a reflexão de britânicos e cidadãos de quaisquer outros países em que avança a ideologia de gênero:
– O que diferencia o suposto “transtorno de gênero” de uma simples “moda” no Reino Unido?
– Como garantir que os diagnósticos ditos psicológicos não são pura questão de opinião?
– O que está sendo feito para se ter a certeza de que os supostos “problemas psicológicos” das crianças não são, em realidade, problemas ideológicos de seus pais?
– Se as crianças submetidas a esses tratamentos tinham mesmo algum “transtorno de gênero”, por que, das 32 que passaram pelos testes da Tavistock and Portman Foundation, “só” 8 deram continuidade ao processo de mudança de sexo?
São perguntas pertinentes – e incômodas para os ideólogos da “pseudociência do gênero”.
Aleteia.org
DeOlhOnafigueira
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