REFLEXÃO: Pastores gananciosos que enganam o povo

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É lamentável a situação em que vive a igreja evangélica. E a cada dia piora, uma vez que a ganância tem contaminado até mesmo aqueles que nunca imaginávamos que assim procederiam.

A busca desenfreada pelo enriquecimento, tem levado os pastores a aderirem a chamada teologia da prosperidade, onde os púlpitos somente têm lugar para esse tipo de sermão. A promessa é que, quanto mais você der, mais você vai receber.

Antes que me interpretem mal, esclareço que creio que o “dar para Deus quebra maldições”. Mas o que temos presenciado, são líderes que usam a bíblia unicamente para se darem bem nos seus intentos que ultimamente tem sido ganhar dinheiro.

Do modo que ensinam, o objetivo principal é tirar o último níquel do fiel, que já contribuem com as ofertas alçadas e o dízimo. E para isso, "campanhas" de milagres são anunciadas aos montes. E esse é o momento oportuno para extorquir o povo, com a ameaça que somente receberá o tão esperado milagre se contribuir consideravelmente para a igreja. Um tipo de troca com Deus.

Vergonhoso...

Se um líder inova na arte de tomar o dinheiro do crente e se o negócio funciona, logo os demais copiam. É um tipo de lepra dos tempos modernos que atingiu algumas lideranças ditas cristãs.

E tem outra...

Alguns estão ensinando aos fiéis, que além dos dízimos e ofertas, precisam tirar um dia de salário do mês trabalhado e entregar ao pastor. Intitulam esse ato de primícias. E são verdadeiros caras de pau pois cobram com rigor isso dos membros da igreja, com a ameaça de que não serão abençoados se não cumprirem tal ordenança bíblica. Subestimam o conhecimento do povo. E por vezes dá certo, pois alguns acabam aceitando tal heresia e contribuindo em busca da promessa da benção ou com medo da maldição lançada.

A que ponto chegamos...

Coitado do povo, que tolo, entrega o seu salário que com sacrifício conseguiu a esses marginais que se dizem líderes cristãos.

Sim, digo marginais, pois é crime o que fazem. Pois exploram a fé das pessoas.

Outros, que muitas vezes condenam tais atos acima descritos, simplesmente se enveredaram pela busca do poder se aliando com políticos sujos, argumentando que sua atitude é em defesa do evangelho. Quando na grande maioria das vezes – e o povo sabe disso, tal aliança visa fazer dos órgãos públicos verdadeiros “cabides de emprego” para os seus. 

Enfim, a igreja se corrompeu. 

E isso dá ao povo motivos para falarem que igreja virou negócio. Afinal são vários os exemplos de líderes cristãos que se corromperam e contribuíram para o descrédito nas instituições evangélicas.

Esse é o grande desafio dos novos líderes: Não serem iguais a esses que abandonaram a fé.

Cabe a nós tentarmos mudar isso.

E quanto a você que vivencia isso, fuja de onde está. Não compactue com o erro desses indivíduos, lobos em pele de cordeiro. 

Antonio C. Carrafa

DeOlhOnafigueira 

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