Desde o sequestro de três jovens israelenses, tensões entre judeus e palestinos aumentaram. Israel convocou reservistas e não descarta uma ofensiva terrestre. Saiba mais sobre as raízes do conflito e sua repercussão.
Por que Israel está atacando a Faixa de Gaza?
O Exército israelense quer impedir o lançamento de mais foguetes a partir de Gaza e enfraquecer o grupo radical islâmico Hamas. Nas madrugadas destas terça-feira e quarta-feira (09/07), Israel atacou centenas de alvos do lado palestino, supostamente incluindo casas de membros do Hamas. Além disso, a força aérea disparou contra lançadores de foguetes e campos de treinamento, disse um porta-voz dos militares.
Antes disso, o Hamas havia reivindicado a autoria dos ataques com foguetes vindos da Faixa de Gaza. Mais de 200 projéteis foram disparados somente nas últimas duas noites. Entre os alvos estavam grandes centros populacionais de Israel, como Tel Aviv e Jerusalém. Os confrontos são os mais graves desde 2012, quando Hamas e Israel travaram uma guerra de oito dias.
O que provocou as tensões atuais?
No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados na Cisjordânia e encontrados mortos duas semanas depois. O governo de Israel acusa o Hamas como responsável pelo crime. Na busca dos autores, seis palestinos foram mortos pelo Exército e cerca de 420 foram presos, a maioria deles membros do Hamas.
A seguir, na noite de 2 de julho, um adolescente palestino foi morto perto de Jerusalém – e, de acordo com uma autópsia, o jovem foi queimado vivo. Seis suspeitos judeus foram presos por conta da suposta vingança. Detalhes da investigação estão sendo mantidos em segredo. Segundo a mídia local, três dos suspeitos confirmam o assassinato do jovem palestino.
O Exército israelense quer impedir o lançamento de mais foguetes a partir de Gaza e enfraquecer o grupo radical islâmico Hamas. Nas madrugadas destas terça-feira e quarta-feira (09/07), Israel atacou centenas de alvos do lado palestino, supostamente incluindo casas de membros do Hamas. Além disso, a força aérea disparou contra lançadores de foguetes e campos de treinamento, disse um porta-voz dos militares.
Antes disso, o Hamas havia reivindicado a autoria dos ataques com foguetes vindos da Faixa de Gaza. Mais de 200 projéteis foram disparados somente nas últimas duas noites. Entre os alvos estavam grandes centros populacionais de Israel, como Tel Aviv e Jerusalém. Os confrontos são os mais graves desde 2012, quando Hamas e Israel travaram uma guerra de oito dias.
O que provocou as tensões atuais?
No dia 12 de junho, três jovens israelenses foram sequestrados na Cisjordânia e encontrados mortos duas semanas depois. O governo de Israel acusa o Hamas como responsável pelo crime. Na busca dos autores, seis palestinos foram mortos pelo Exército e cerca de 420 foram presos, a maioria deles membros do Hamas.
A seguir, na noite de 2 de julho, um adolescente palestino foi morto perto de Jerusalém – e, de acordo com uma autópsia, o jovem foi queimado vivo. Seis suspeitos judeus foram presos por conta da suposta vingança. Detalhes da investigação estão sendo mantidos em segredo. Segundo a mídia local, três dos suspeitos confirmam o assassinato do jovem palestino.
Qual o contexto político do crime?
Antes mesmo do assassinato dos três jovens israelenses, as relações entre Israel e o governo palestino já estavam tensas. No final de abril, os líderes dos radicais do Hamas e dos moderados do Fatah declararam a intenção de governarem juntos os territórios palestinos no futuro. No início de junho, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, empossou o novo governo unificado. O governo de transição, com 17 ministros, é formado por especialistas que não pertencem nem ao Fatah nem ao Hamas. Abbas declarou que o novo governo manteria os acordos de paz assinados com Israel.
Por sua vez, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, criticou o novo overno palestino, dizendo que Abbas não poderia fechar um acordo de paz com Israel e, ao mesmo tempo, outro com o Hamas, que convoca à destruição de Israel.
A violência pode aumentar ainda mais?
Israel não descarta uma ofensiva terrestre à Faixa de Gaza. "Estamos nos preparando para uma batalha contra o Hamas, que não se resolverá em poucos dias", disse o ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, nesta terça-feira. As autoridades israelenses pediram aos residentes de áreas perto de Gaza para que procurem abrigos e ordenou o fechamento de colônias de férias. Yaalon declarou que os ataques com foguetes contra cidades israelenses não seriam tolerados. O Exército está preparado para estender a ofensiva contra o Hamas por todos os meios disponíveis.
De acordo com a imprensa israelense, o gabinete de segurança, dirigido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, autorizou a convocação de 40 mil reservistas. Nesta quarta-feira, o ministro do Interior, Gidon Saar, confirmou que Israel está preparado para uma ofensiva terrestre, caso necessário, embora essa não seja a primeira alternativa.
Como a comunidade internacional está reagindo?
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a israelenses e palestinos que busquem uma solução pacífica do conflito. "A paz é possível", escreveu Obama num artigo para o jornal israelense Haaretz. E, em nome da paz, ambos os lados devem estar preparados para correr risco, considera o líder americano. "Se existir vontade política para negociações sérias, os EUA estarão lá – prontos para cumprir seu papel."
Anteriormente, Obama havia condenado o assassinato "sem sentido" dos três jovens israelenses e também alertara sobre determinados passos que poderiam "desestabilizar" a situação ainda mais.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, também alertou sobre uma espiral de violência no Oriente Médio. Israel tem, é claro, "o direito de proteger seus cidadãos de ataques", declarou. Mas Steinmeier disse esperar que ambas as partes envolvidas compreendessem que um confronto militar deve ser evitado, pois poderia fugir completamente do controle.
DW.de
DeOlhOnafigueira
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