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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Jerusalém – cidade sagrada do islã?

Os muçulmanos reivindicam Jerusalém baseando-se em uma passagem do Corão. Mesmo que Jerusalém não seja mencionada uma única vez no livro sagrado islâmico, a Sura 17 fala de uma "mesquita distante": "Glorificado seja Aquele que, certa noite, levou seu servo da Mesquita Sagrada à distante Mesquita de Al-Aqsa" (Sura 17.1). 
 
Mas será que existe realmente alguma base para o argumento, tantas vezes usado pelos islamitas, de que essa "mesquita distante" (Al-Masujidi al-Aqtza) é a atual mesquita de Al-Aksa em Jerusalém? A resposta é negativa. No tempo de Maomé, que morreu no ano 632 depois de Cristo, Jerusalém era uma cidade cristã do reino bizantino. Apenas seis anos mais tarde, em 638 d.C., Jerusalém foi conquistada pelo califa Omar. 
 
Nesse tempo só havia igrejas em Jerusalém. Inclusive no Monte do Templo havia uma igreja em estilo bizantino, a chamada igreja de Santa Maria de Justiniano. A mesquita Al-Aksa foi edificada 20 anos após a construção do Domo da Rocha pelo califa Abd el Malik (691-692). 
 
O nome "Mesquita de Omar" dado ao Domo da Rocha induz ao erro, pois não foi o califa Omar que o construiu. Por volta do ano 711, ou seja, aproximadamente 80 anos após a morte de Maomé, a igreja bizantina que existia no Monte do Templo foi transformada em mesquita pelo filho de Abd el Malik, Abd El-Walid. 
 
Ele não fez modificações na construção original, que era uma "basílica", com uma fileira de colunas dos dois lados do retângulo da nave central. Abd El-Walid apenas acrescentou-lhe uma cúpula para que ela se parecesse com uma mesquita. A partir daí passou a chamar a antiga igreja de Al-Aksa, para que seu nome lembrasse a mesquita distante mencionada na Sura 17 do Corão.

Portanto, Maomé jamais poderia ter essa mesquita em mente quando escreveu o Corão, pois ela passou a existir somente três gerações após sua morte. Muitos especialistas já provaram que Maomé evidentemente se referiu à mesquita de Meca como a "sagrada" e à mesquita de Medina como a "distante". 
 
Diante desse pano de fundo, não é de admirar que Maomé tenha proibido terminantemente a oração em direção a Jerusalém, uma vez que isso havia sido permitido apenas por alguns meses, para tentar converter os judeus ao islamismo. Mas a tentativa falhou, e a 12 de fevereiro de 624 Maomé repentinamente proibiu as orações em direção a Jerusalém. 
 
Para os muçulmanos, Jerusalém jamais foi uma cidade sagrada; ela era sagrada apenas para os judeus que viviam em territórios islâmicos. (Dr. Manfred R. Lehmann) Até pessoas que não crêem na Bíblia são obrigadas a concordar, por razões lógicas, que os muçulmanos não têm direitos legais, do ponto de vista histórico, sobre Jerusalém. Mas os judeus os têm!
 
Beth Shalon
DeOlhOnafigueira

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