Imagem de satélite mostra instalações nucleares no Irã
(Reprodução)
O Irã está a seis meses de desenvolver uma bomba nuclear e não há mais tempo para negociações com o país dos aiatolás, afirmou nesta sexta-feira o ministro israelense de Assustos Estratégicos, Yuval Steinitz. Paralelamente, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou nota em que classifica como fraudulentas as recentes declarações do presidente iraniano Hassan Rohani, de que o país nunca vai desenvolver armas nucleares.
"Não há mais tempo para negociações. Se continuarem correndo, os iranianos terão capacidade para desenvolver uma bomba em mais meio ano", afirmou Steinitz ao jornal israelense Hayom. Já a nota de Netanyahu procurou se concentrar em Rohani, que desde que assumiu o poder tem tentado transmitir ao mundo uma imagem de moderado. “Ninguém deve se enganar com as palavras fraudulentas do presidente do Irã. Os iranianos estão manipulando a imprensa para continuarem manipulando as centrífugas", afirma o documento.
Há anos, o Irã afirma que seu programa atômico tem finalidade pacífica, mas Israel e os Estados Unidos acusam o país buscar armas atômicas. As suspeitas são reforçadas pela retórica incendiária dos mandatários iranianos – o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad disse em 2012 que Israel deveria ser “varrida do mapa” – e das dificuldades impostas aos inspetores internacionais que tentam visitar instalações nucleares iranianas.
Aproximação - Apesar do histórico problemático, Rohani tem investido numa retórica conciliatória desde que assumiu, em agosto. Nesta sexta-feira, em uma coluna publicada pelo jornal americano The Washington Post, o governante pregou uma "abordagem construtiva" nas negociações diplomáticas entre o Irã e os EUA.
"Precisamos trabalhar juntos para acabar com as rivalidades nocivas e com as ingerências que alimentam a violência e nos separam", destacou o presidente. No texto, Rohani defende o diálogo nos dois temas mais delicados entre os dois países: o conflito na Síria, onde os EUA defendem os rebeldes e os iranianos apoiam Assad, e o programa nuclear de Teerã. "Para superar os impasses precisamos apontar mais alto. Em vez de focar em como prevenir que as coisas piorem, devemos pensar - e falar - sobre como melhorá-las", argumentou
A Casa Branca ainda não comentou artigo, mas em resposta à entrevista da última quarta-feira, o porta-voz do governo americano Jay Carney declarou que "ações valem mais do que palavras" e que "a mão de Obama está estendida" aos iranianos desde o primeiro mandato do presidente.
Sanções - Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal The New York Times, citando um assessor próximo das lideranças iranianas, afirma que o governo de Rohani decidiu apostar em um acordo rápido sobre o seu programa nuclear com o objetivo de acabar com sanções econômicas que estão castigando as contas do país.
Há cerca de três semanas, Obama e Rohani trocaram cartas para falar sobre as relações dos dois países. Segundo o assessor citado pelo NYT, uma das cartas de Obama dizia que havia a possibilidade de aliviar as sanções caso Teerã demonstrasse vontade de “cooperar com a comunidade internacional”. A Casa Branca confirmou a troca de cartas, mas negou que Obama tenha prometido ao Irã alívio rápido das sanções, e disse que o presidente evitou qualquer proposta detalhada.
"Não há mais tempo para negociações. Se continuarem correndo, os iranianos terão capacidade para desenvolver uma bomba em mais meio ano", afirmou Steinitz ao jornal israelense Hayom. Já a nota de Netanyahu procurou se concentrar em Rohani, que desde que assumiu o poder tem tentado transmitir ao mundo uma imagem de moderado. “Ninguém deve se enganar com as palavras fraudulentas do presidente do Irã. Os iranianos estão manipulando a imprensa para continuarem manipulando as centrífugas", afirma o documento.
Há anos, o Irã afirma que seu programa atômico tem finalidade pacífica, mas Israel e os Estados Unidos acusam o país buscar armas atômicas. As suspeitas são reforçadas pela retórica incendiária dos mandatários iranianos – o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad disse em 2012 que Israel deveria ser “varrida do mapa” – e das dificuldades impostas aos inspetores internacionais que tentam visitar instalações nucleares iranianas.
Aproximação - Apesar do histórico problemático, Rohani tem investido numa retórica conciliatória desde que assumiu, em agosto. Nesta sexta-feira, em uma coluna publicada pelo jornal americano The Washington Post, o governante pregou uma "abordagem construtiva" nas negociações diplomáticas entre o Irã e os EUA.
"Precisamos trabalhar juntos para acabar com as rivalidades nocivas e com as ingerências que alimentam a violência e nos separam", destacou o presidente. No texto, Rohani defende o diálogo nos dois temas mais delicados entre os dois países: o conflito na Síria, onde os EUA defendem os rebeldes e os iranianos apoiam Assad, e o programa nuclear de Teerã. "Para superar os impasses precisamos apontar mais alto. Em vez de focar em como prevenir que as coisas piorem, devemos pensar - e falar - sobre como melhorá-las", argumentou
A Casa Branca ainda não comentou artigo, mas em resposta à entrevista da última quarta-feira, o porta-voz do governo americano Jay Carney declarou que "ações valem mais do que palavras" e que "a mão de Obama está estendida" aos iranianos desde o primeiro mandato do presidente.
Sanções - Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal The New York Times, citando um assessor próximo das lideranças iranianas, afirma que o governo de Rohani decidiu apostar em um acordo rápido sobre o seu programa nuclear com o objetivo de acabar com sanções econômicas que estão castigando as contas do país.
Há cerca de três semanas, Obama e Rohani trocaram cartas para falar sobre as relações dos dois países. Segundo o assessor citado pelo NYT, uma das cartas de Obama dizia que havia a possibilidade de aliviar as sanções caso Teerã demonstrasse vontade de “cooperar com a comunidade internacional”. A Casa Branca confirmou a troca de cartas, mas negou que Obama tenha prometido ao Irã alívio rápido das sanções, e disse que o presidente evitou qualquer proposta detalhada.
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