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Durante séculos, o Ocidente chegava ao Oriente com intenções simples e claras: conquistar novas colônias e novos mercados. Como resultado, os conquistadores obtinham recursos naturais baratos e força de trabalho, o que os compensava pelos custos das suas campanhas militares. Desde os finais do século passado, a situação se alterou. Os contingentes militares regressam a países que já são independentes para alterar aquilo que não corresponde aos seus conceitos de mundo moderno: os regimes ditatoriais, a ausência de democracia, as violações dos direitos humanos e o terrorismo internacional.
A intenção é louvável. Mas os resultados práticos de todas as "guerras humanitárias" são decepcionantes. Para a manutenção das tropas se gastam somas colossais dos orçamentos dos países-benfeitores e as operações de pacificação dos descontentes demoram anos. As autoridades e a população dos países são ensinadas a viver de maneira diferente. Também aqui à sua custa. Mas tropas partem e volta a se estabelecer o modo de vida habitual com os seus métodos de governação autoritários e uma ativa continuação dos conflitos armados religiosos e étnicos. Talvez o problema não sejam os malfeitores individuais, mas as particularidades da consciência coletiva?