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domingo, 19 de maio de 2013

Doença de Morgellons: terrível realidade ou psicose de massas?

medicina, saúde, hospital


Se você ainda não conhece a doença mais misteriosa e complexa do último decênio, está na hora de conhecê-la de perto. Entretanto, tenha cuidado... De repente descobre que tem esses sintomas estranhos. E considera-se um dos doentes. Ainda não inventaram remédios para este mal. E se você achar interessante e não tiver medo, este artigo é para você. Mas lembre – bem-aventurados os que desconhecem...

Há relativamente pouco tempo – em 2002 – o mundo ouviu falar pela primeira vez da doença de Morgellons, quando a dona de casa Mary Leitão, que antes da licença de maternidade trabalhava como auxiliar de laboratório num hospital, tirou de um abscesso purulento no lábio de seu filho Andrew uma linha fina, que lembrava a penugem de uma flor dente-de-leão. Em breve, pequenas feridas começaram a aparecer em todo o corpo do menino e nelas encontraram estranhos fios brancos, negros e vermelhos. O menino queixou-se à mãe, dizendo que “debaixo de sua pele rastejavam besouros”. A senhora Leitão consultou oito médicos, tentando entender o que realmente ocorria com seu filho, mas não recebeu nenhuma resposta convincente. Todos os médicos disseram que o menino era absolutamente saudável e as “linhas estranhas”, que saiam de seu corpo eram apenas fios da roupa, que colaram na ferida.

Mary decidiu começar uma investigação própria (pois ela tinha formação em medicina) e depois de estudar minuciosamente ao microscópio os “fios” das feridas de seu filho, chegou à conclusão de que eles não eram fios sintéticos da roupa, da roupa de cama ou de brinquedos de pelúcia que teriam encostado na pele do menino. Buscando informação na Internet, ela soube que não apenas seu filho estava com essa terrível doença, que os médicos se recusavam a reconhecer, mas muitas pessoas. Então ela criou com o marido uma organização de pesquisa dessa doença, a que deram o nome de doença de Morgellons.

O dermatologista Alexander Tsvetkevich contou à Voz da Rússia sobre a aparência das pessoas que sofrem desse mal e quais os principais sintomas da doença:

“Em minha prática houve apenas dois pacientes com semelhantes “doença”. Ambos tinham a pele inchada nos locais das feridas. Entretanto eu relaciono isto em primeiro lugar com intensos arranhões da pele, pois sentiam uma coceira incessante. Com o exame visual não foi encontrado nenhum fio, de que os pacientes se queixavam. Nós realizamos análises clínicas mas também não encontramos parasitas. Eu acho que é um problema inventado. A coceira pode surgir em virtude de estresse nervoso, problemas no trabalho. E o que as pessoas aqui fazem quando adoecem? Elas, infelizmente, não vão ao médico, mas pedem ajuda na Internet, em virtude da falta de tempo. Caem em algum fórum onde especialistas duvidosos ou pessoas comuns lhes dão conselhos, como melhor se curar, sem ter nenhuma ideia do caráter da doença, não tendo a possibilidade de realizar um exame visual. Forma-se um círculo vicioso. As pessoas, tendo lido nos fóruns e histórias terríveis na Rede, fazem elas próprias os diagnósticos e depois acreditam neles tanto, que nenhum médico já pode convencê-las de que são saudáveis. Eu considero que a doença de Morgellons é uma doença psíquica, em primeiro lugar. E os “doentes” são pacientes não de clínicos gerais e dermatologistas, mas de psiquiatras”.

O mais terrível é que aumenta cada vez mais a cada ano o número de pessoas que sofrem dessa doença. Em 2012 somente nos Estados Unidos foram registrados mais de 5 milhões de casos de consultas a clínicas com esse problema. Os doentes estão convictos que tiram das feridas que coçam fios que crescem diretamente nas lesões, e também dizem que viram nos poros da pele algo parecido com ovos de parasitas. Para livrar-se disto eles tomam banho o tempo todo, esfregando a pele até sangrar, com esponjas duras, e depois desinfetam todo o corpo com vinagre ou álcool.

Médicos e psiquiatras consideram que os fios, (às vezes eles aparecem em exame) têm origem externa, isto é, simplesmente aderem à beira das feridas na pele. Os doentes consideram que o governo ignora propositalmente sua doença, pois realiza experiências secretas em pessoas. Alguns supõem até mesmo que os fios se devem a mutações causadas por alimentos que contêm organismos modificados geneticamente.

Seja como for, tal quantidade de “falsos doentes” causa uma certa dúvida... Será possível que milhões de pessoas não possam distinguir fios comuns de roupa de fios que saem de feridas e úlceras sangrentas? E se estas pessoas ainda assim não mentem, então por é que os médicos atribuem tudo a doenças psíquicas ou alucinações? É difícil dizer onde está a verdade nesta situação. Uma coisa está clara com certeza, se certa vez de manhã você acordar com uma coceira insuportável em todo o corpo... Inicialmente vá ao médico. E se for um simples estresse?

Voz da Rússia
DeOlhOnafigueira

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