Localizado a 610 milhões de km do Sol, o cometa C/2012 S1 ISON já chama bastante a atenção dos pesquisadores. Uma nova imagem, feita pelo telescópio espacial Hubble permitiu aos cientistas efetuarem medições mais precisas desse visitante que a cada dia se aproxima mais do Sol.
A nova imagem, registrada com incrível quantidade de detalhes, revela um intenso jato de partículas geladas sendo soprado na direção oposta do Sol, revelando que o calor e a pressão do vento solar já exercem influência significativa na estrutura do cometa.
A cena também permitiu medir alguns parâmetros físicos e os primeiros números sugerem que o núcleo de ISON tem entre 5 e 6 km de diâmetro, considerado bastante pequeno quando comparado ao alto nível da atividade observada.
A atmosfera do cometa, chamada de coma ou cabeleira foi estimada em 5 mil km, enquanto a esteira de partículas se estende por mais de 90 mil km desde o núcleo.
À medida que o cometa se aproxima do Sol e se aquece, mais material gelado será sublimado (passagem do estado sólido para o estado gasoso), o que tornará sua coma ainda maior. Com a aproximação, a pressão do vento solar também será mais intensa e soprará com mais vigor as partículas de gelo e poeira, o que fará a cauda de ISON se entender por milhões de quilômetros.
Cometa do Século
No caso do cometa C/2012 S1 ISON, grande aproximação solar - o periélio - prevista para o dia 28 de novembro de 2013 é o que chama a atenção dos astrônomos. Estima-se que neste dia ISON deverá chegar a apenas 1.1 milhão de quilômetros da superfície escaldante da estrela e ninguém sabe exatamente como o cometa vai se comportar.
Se sobreviver à tórrida aproximação, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos.
De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho será tão forte que poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.
No Brasil
Se tudo correr como o previsto, ISON poderá ser visto do Brasil nas pré-manhãs antes do periélio de 28 de novembro. Quanto mais próximo do Hemisfério Norte, melhores serão as condições para a observação do cometa, uma vez que a órbita de ISON favorece mais aos observadores daquele hemisfério. Se ISON contornar o Sol como o esperado pelos modelos matemáticos, ambos os hemisférios serão contemplados. Apesar de mais fraco, ainda assim a longa cauda cometária será o verdadeiro show do final do ano.
Apollo 11
DeOlhOnafigueira
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