Foto: Istoé |
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu ao líder palestino, Mahmoud Abbas, que retome as negociações de paz, uma vez que aceitou neste sábado a incumbência de formar o próximo governo de Israel das mãos do presidente do Estado, Shimon Peres. "Estamos comprometidos com a paz, chamo Abu Mazen (Abbas) a voltar à mesa das negociações", disse Netanyahu em um breve comparecimento perante os meios de comunicação com o presidente israelense no qual recebeu o pedido formal de liderar o governo de Israel pela terceira vez em sua carreira política.
Israelenses e palestinos sentaram para negociar pela última vez em setembro de 2010, em um frágil processo que durou apenas três semanas e que foi interrompido pelo final da moratória que Israel tinha declarado na construção nos assentamentos. Desde então, os palestinos, que em novembro obtiveram o status de Estado não membro da ONU, rejeitam voltar ao diálogo sem que antes seja suspensa esta construção.
Em cerimônia que seguiu à rodada de consultas do chefe do Estado israelense com os dirigentes dos partidos que terão representação parlamentar, Netanyahu aceitou formalmente a "missão encomendada" e destacou que o "desafio supremo" de seu próximo governo será "impedir que o Irã tenha armas nucleares". "Pela frente, temos desafios que não conhecemos há muitos anos", afirmou em matéria de segurança regional, e mencionou que "outras armas letais vão se acumulando" ao redor de Israel e "ameaçam a cidadania", descrição que foi interpretada como temor de que armas químicas sírias caiam em mãos da milícia xiita libanesa Hezbollah.
O governo sírio revelou na terça-feira que aviões israelenses tinham bombardeado um "centro de pesquisa" próximo de Damasco, um ataque do qual Israel não se responsabilizou, mas que diferentes meios de imprensa locais e internacionais relacionam com um possível envio de armas sofisticadas ao Hezbollah. Peres destacou nesse sentido que "Israel necessita estabilidade em nível internacional e no plano econômico", por isso que pediu um "processo curto" de negociação na gestação do novo executivo a fim de que "possa tomar as decisões corretas na agenda" nacional.
Em seu breve discurso, Peres confirmou que os líderes de seis partidos com uma representação total de 82 cadeiras no Parlamento tinham recomendado Netanyahu, que foi cabeça de lista da coalizão entre o Likud e Yisrael Beiteinu no pleito do 22 de janeiro. "Os demais me pediram que levasse em conta na formação do governo diferentes assuntos como o déficit público, a repartição equitativa nas obrigações nacionais (impostos e serviço militar), a justiça social e o processo de paz", acrescentou ao transmitir a preocupação dos partidos que não tinham recomendado Netanyahu.
A cerimônia, que aconteceu em Jerusalém ao fim da jornada do shabat, foi quase de caráter protocolar porque o Likud Beiteinu se impôs no pleito do 22 de janeiro com uma grande diferença com relação ao resto dos partidos. Na segunda posição ficou o partido Yesh Atid, do ex-jornalista Yair Lapid, que obteve 19 cadeiras - 11 menos que o de Netanyahu - e o resto de formações menos de 15. Lapid afirmou publicamente que "os resultados eram claros" e que não tinha a intenção de tentar frear a candidatura de Netanyahu, o que deixou este último como único aspirante.
Completando os formalismos, Netanyahu fez um apelo a todos os partidos, "inclusive os que não o recomendaram", a somarem-se às negociações que começarão domingo em um hotel aos arredores de Tel Aviv. "Nos últimos quatro anos, nos esquivamos da crise econômica entre outras razões porque fomos um dos governos mais estáveis da história de Israel", afirmou. Por isso, explicou que sua intenção é tentar incorporar o maior número de formações possível, e pediu ao chefe do Partido Trabalhista, Shely Yachimovich, que reconsidere sua postura de ficar na oposição.
Os negociadores de Netanyahu, segundo o jornal "Yedioth Ahronoth", funcionários tecnocratas a fim de sortear os grandes abismos ideológicos entre seus futuros aliados, começarão os contatos com o partido de Lapid, que exigiu igualdade plena entre todos os cidadãos na hora de emprestar o serviço militar e contribuir aos cofres públicos. Uma reivindicação que enfrenta com os partidos ultra-ortodoxos Shas e Yahadut Hatorá, tradicionais aliados da direita.
Israelenses e palestinos sentaram para negociar pela última vez em setembro de 2010, em um frágil processo que durou apenas três semanas e que foi interrompido pelo final da moratória que Israel tinha declarado na construção nos assentamentos. Desde então, os palestinos, que em novembro obtiveram o status de Estado não membro da ONU, rejeitam voltar ao diálogo sem que antes seja suspensa esta construção.
Em cerimônia que seguiu à rodada de consultas do chefe do Estado israelense com os dirigentes dos partidos que terão representação parlamentar, Netanyahu aceitou formalmente a "missão encomendada" e destacou que o "desafio supremo" de seu próximo governo será "impedir que o Irã tenha armas nucleares". "Pela frente, temos desafios que não conhecemos há muitos anos", afirmou em matéria de segurança regional, e mencionou que "outras armas letais vão se acumulando" ao redor de Israel e "ameaçam a cidadania", descrição que foi interpretada como temor de que armas químicas sírias caiam em mãos da milícia xiita libanesa Hezbollah.
O governo sírio revelou na terça-feira que aviões israelenses tinham bombardeado um "centro de pesquisa" próximo de Damasco, um ataque do qual Israel não se responsabilizou, mas que diferentes meios de imprensa locais e internacionais relacionam com um possível envio de armas sofisticadas ao Hezbollah. Peres destacou nesse sentido que "Israel necessita estabilidade em nível internacional e no plano econômico", por isso que pediu um "processo curto" de negociação na gestação do novo executivo a fim de que "possa tomar as decisões corretas na agenda" nacional.
Em seu breve discurso, Peres confirmou que os líderes de seis partidos com uma representação total de 82 cadeiras no Parlamento tinham recomendado Netanyahu, que foi cabeça de lista da coalizão entre o Likud e Yisrael Beiteinu no pleito do 22 de janeiro. "Os demais me pediram que levasse em conta na formação do governo diferentes assuntos como o déficit público, a repartição equitativa nas obrigações nacionais (impostos e serviço militar), a justiça social e o processo de paz", acrescentou ao transmitir a preocupação dos partidos que não tinham recomendado Netanyahu.
A cerimônia, que aconteceu em Jerusalém ao fim da jornada do shabat, foi quase de caráter protocolar porque o Likud Beiteinu se impôs no pleito do 22 de janeiro com uma grande diferença com relação ao resto dos partidos. Na segunda posição ficou o partido Yesh Atid, do ex-jornalista Yair Lapid, que obteve 19 cadeiras - 11 menos que o de Netanyahu - e o resto de formações menos de 15. Lapid afirmou publicamente que "os resultados eram claros" e que não tinha a intenção de tentar frear a candidatura de Netanyahu, o que deixou este último como único aspirante.
Completando os formalismos, Netanyahu fez um apelo a todos os partidos, "inclusive os que não o recomendaram", a somarem-se às negociações que começarão domingo em um hotel aos arredores de Tel Aviv. "Nos últimos quatro anos, nos esquivamos da crise econômica entre outras razões porque fomos um dos governos mais estáveis da história de Israel", afirmou. Por isso, explicou que sua intenção é tentar incorporar o maior número de formações possível, e pediu ao chefe do Partido Trabalhista, Shely Yachimovich, que reconsidere sua postura de ficar na oposição.
Os negociadores de Netanyahu, segundo o jornal "Yedioth Ahronoth", funcionários tecnocratas a fim de sortear os grandes abismos ideológicos entre seus futuros aliados, começarão os contatos com o partido de Lapid, que exigiu igualdade plena entre todos os cidadãos na hora de emprestar o serviço militar e contribuir aos cofres públicos. Uma reivindicação que enfrenta com os partidos ultra-ortodoxos Shas e Yahadut Hatorá, tradicionais aliados da direita.
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